Lágrimas, contratempos e… «bosta»! Tudo sobre o próximo casamento de O Noivo é Que Sabe

Tinham o casamento marcado, mas a chegada do vírus obrigou-os a adiar o enlace. O programa foi uma segunda oportunidade, mas as peripécias foram muitas e até envolveram cocó de cavalo.

12 Set 2020 | 22:20
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O casamento estava marcado para 26 de junho, mas a pandemia de COVID-19 obrigou Diogo e Daniela a adiarem o seu sonho e o desejo de irem viver juntos. Agora, já estão casados, graças ao programa da SIC O Noivo É Que Sabe.

Em declarações exclusivas à TV 7 Dias, a jovem, de Vila Nova de Gaia, recorda o dia em que teve de decidir sobre a não concretização do seu sonho e conta todas as partidas que o seu atual marido lhe fez durante os dias de preparação da cerimónia, que começou a passar na SIC já no passado domingo, dia 6.

Quando se viu obrigada a adiar o casamento do verão para o inverno, devido à pandemia, Daniela admite que ficou «mesmo mal, porque havia a condição de só irmos viver juntos depois do casamento», começa por explicar a jovem, que sempre sonhou casar pela Igreja.

Segundo a participante do programa da estação de paço de Arcos, foi necessário «adiar tudo para novembro. A ideia então era casarmos em setembro para irmos viver juntos e depois, em novembro, casarmos pela Igreja, e fica esse a valer. A nossa quinta já era cara e adiar para o verão do próximo ano significava que os preços de 2021 iam entrar em vigor e eram um exagero. Nós tínhamos muitos convidados e a despesa ia ser muito maior. Então esquecemos a possibilidade no verão e passámos para 27 de novembro», recorda.

No entanto, Diogo, que Daniela descreve como sendo um jovem tímido e «gozão, eu sou muito mais conflituosa, fervo em pouca água, o Diogo é muito mais calmo, faz as coisas pela calada e depois parte-se a rir com as coisas que faz», decidiu tomar a iniciativa de inscrever o casal no programa da SIC. «Eu disse ‘estás a gozar’. Porque é assim, eu sou muito faladora e ele é muito mais tímido. Por isso, isto, partindo dele, foi uma surpresa, porque iria expor-nos. Não estava à espera», garante, bem-disposta.

A técnica de radiologia aceitou o desafio. No entanto, estava longe de imaginar o que ainda estava para lhe acontecer. O Jardim do Morro, na Serra do Pilar, foi o cenário escolhido para a assinatura dos papéis do registo, no dia 20 de julho, o primeiro dia de gravações, pois a jovem não tinha mais férias para tirar. A cerimónia aconteceu apenas no dia 30, na Quinta da Morgadinha, em Rio Tinto.

 

Lágrimas de tristeza

 

Para Daniela, confiar a organização do seu casamento ao atual marido foi uma «grande aventura (…) Entregar tudo ao Diogo, que é a pessoa mais desorganizada que eu conheço e que nem sequer faz listas para nada, como é que ele iria conseguir organizar um casamento? Eu, quando percebi em que é que me tinha metido, entrei em pânico, mas já era tarde demais», afiança.

Com apenas dez dias para preparar a boda de sonho para Daniela, o jovem, personal trainer de profissão e benfiquista ferrenho, teve ainda tempo para pregar algumas partidas a Daniela, que a deixaram em lágrimas de tristeza. «Ela dizia-me: ‘Ele que nem pense que me vai pôr num vestido vermelho. Se ele fizer isso, eu não caso’», conta a tia materna, Rosa Oreste.

O certo é que foi precisamente isso que aconteceu. «Ele mandou-me uns sapatos vermelhos e um véu vermelho em caixas. (…) Primeiro pensei que era tanga. Mas depois entrei em pânico porque o vestido combinava com os sapatos horrorosos que ele tinha mandado. Ou seja, apesar de serem os dois feios, até combinavam, e o Diogo usa tudo a combinar. Quando eu vi o vestido, disse: ‘Eu não vou casar com este vestido. Prefiro casar de calças de ganga do que com isto’. Eu chorei que me matei nesse dia», garante.

Mas tudo não passou de uma brincadeira. Daniela tinha à sua espera um verdadeiro vestido de noiva, mas não aquele que experimentou para as gravações. Esse «foi o primeiro que ele descartou», ri-se. No entanto, o escolhido por Diogo não desiludiu, pois «era daqueles vestidos em que não há muito por onde errar. Não era extraordinário, como eu estava à espera, mas é um vestido fácil de acertar. Não era demasiado pindérico nem demasiado simples. A parte de cima era trabalhada e a parte de baixo era simples».

Esta brincadeira de Diogo levou-a às lágrimas, mas quando começarem a surgir as primeiras imagens do traje vermelho, será fácil perceber que tudo não passa de uma brincadeira. Isto porque, explica, «eles fizeram uma cagada do caneco na SIC, porque eles puseram a minha foto no Instagram e aparece lá o meu vestido. Ou seja, os espectadores que estiverem a pensar que vou casar de vestido vermelho, se forem um bocadinho atentos, vão ver que eu não vou casar com aquilo».

 

Despedida de solteira no meio da «bosta»

 

Outra das datas mais esperadas é a despedida de solteira e também aqui Diogo decidiu brincar com a noiva. «Ele ia mandar-me fazer uma vigília a Fátima com as minhas amigas, mas depois achou que ia ser muito seca a viagem, então depois mandou-nos apanhar bosta de cavalo», explica.

Mas o jovem enganou a atual mulher muito bem, pois, explica, tiveram de ir «todas ‘chiquezas’ e todas arranjadas e de saltos. Então fomos apanhar bosta de cavalo de saltos altos. Mas depois preparou-nos um piquenique muito bonito», elogia.

Após o repasto, o grupo foi atravessar o tabuleiro debaixo da Ponte da Arrábida e aqui esperava-a mais uma surpresa, mas que deu problemas. «Ele apareceu, veio ter comigo, mas ele estava lá em baixo e eu cá em cima. Foi só para eu o ver, mas eu comecei a gritar logo com ele uma pessoa esquece-se que está a ser gozada. O Diogo é muito gozão», ri-se.

 

Surpresa e contratempos na cerimónia

 

O dia 30 foi a data escolhida para a cerimónia que iria marcar, perante os convidados, a união deste casal que já namora há mais de seis anos. Para este dia, Diogo reservou talvez uma das mais importantes surpresas do casamento, que foi «a menina das alianças, que é a nossa afilhada. Eles moram em França. Eles tinham dito que não conseguiam vir. Ou vinham pelo Natal ou para o nosso casamento. E como era pelo civil, eles não vinham, só vinham para o casamento da Igreja. Então ele gastou do orçamento para trazê-los e a minha afilhada foi a menina das alianças. Era impossível, na minha cabeça, eles virem. (…) Foi muito bom, chorei muito.»

No entanto, não há casamentos sem contratempos. «As mesas dos pais foram trocadas. (…) Os meus pais estavam do lado dele e os pais dele estavam do meu lado, mas num canto.» Um erro que, na realidade, não foi da responsabilidade do noivo, mas da quinta.

Além disso, também o bolo não foi como Daniela sonhava, pois, devido à pandemia de COVID-19, «tinha de ser de esferovite. A DGS não deixava que fosse um bolo porque, como ia partir com a minha faca, depois era com a mesma faca para as pessoas todas. Os bolos já tinham de vir partidos da cozinha». Contudo, para as filmagens, tiveram de simular um verdadeiro bolo de noivado.

Rosa, a tia materna, não se poupa em elogios à organização de Diogo, até porque este escolheu rosas brancas para a decoração, as flores favoritas de Daniela. No entanto, refere: «A única coisa que foi um bocadinho mais chata foi o seguinte: a quinta era grande e tinha espaços com sombra, mas fizeram a montagem do altar ao sol. Então ficámos todos torrados. Mas o Diogo não teve culpa. Aquilo deve ter sido assim naquele sítio por causa da luminosidade para as filmagens.»

Após a cerimónia, chegou o momento da noite de núpcias, a última surpresa que Diogo tinha reservado para a esposa. «Nós tínhamos a casa a ser remodelada e proibiram-me, a meio da semana, de ir a casa. O Diogo preparou a casa para a nossa noite de núpcias ser passada lá», recorda Daniela.

Esta casa, que o casal apenas começou a partilhar após o casamento, foi oferecida pelos pais da nortenha e tem um simbolismo especial. Rosa conta: «Foi a primeira casa que o pai dela construiu quando casou com a minha irmã. Então ele renovou a casa e eles foram viver para lá.»

Na gestão do orçamento de € 12 500 para organizar o casamento, Diogo não se atrapalhou muito, pois, explica Daniela, «ele é super-Tio Patinhas. Isso é bom. Quando é para fazer contas, é com ele. E depois eu não sei se o Diogo não vai ficar conhecido como o Diogo dos miminhos. Em vez de pedir um desconto, ele pede um miminho. O Lourenço gastou imenso dinheiro nas alianças e o Diogo, com € 500, trouxe as duas alianças, o relógio e os meus brincos, porque pediu miminho. O Diogo, com € 530 ou € 560, comprou o meu vestido, os sapatos, o véu e a liga, à custa do miminho», conta, divertida.

Agora que já são casados, só falta a parte da Igreja, a 27 de novembro. «O casamento foi muito bonito, mas não chega. Queremos fazer os votos pelo religioso. Só me caso uma vez… pelo menos com este (risos)

 

Avó não quer saber da neta

 

Junto de si, Daniela teve as pessoas mais importantes da sua vida. Quem, no entanto, nem sequer foi convidada foi a avó materna, com quem não tem relação há sete anos. «Não tive a mãe da minha mãe porque ela não fala com a família toda. Ela é maluquinha, diz que não tem filhas. Quis viver com um primo da minha mãe e então não fala para nenhum dos filhos. Depois, ela deixou de nos falar e eu deixei de lhe falar. Ela nunca me deu muito amor de avó. Eu tenho uma amiga da minha mãe, que é mais velha, que me deu mais amor de avó do que ela», garante, sem qualquer mágoa.

 

Texto: Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt); Fotos: Impala, Reprodução Instagram, Reprodução Facebook e Reprodução SIC

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