Testemunho desesperado! Tatiana Oliveira de Casados revela: «Posso estar infetada»

Num testemunho desesperado, a enfermeira lamenta as condições de trabalho que lhe foram dadas em Inglaterra. Lidou de perto com doentes infectados com a COVID-19 e não esconde o medo.

05 Abr 2020 | 14:35
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Frustrada e impotente. Foi assim que Tatiana Oliveira se sentiu enquanto trabalhava num hospital em Inglaterra. A ex-concorrente de Casados à Primeira Vista, cuja grande missão de vida é, segundo a própria, «salvar vidas», não esconde a indignação com a displicência com que tem sido tratado o novo coronavírus no país onde trabalha.

«Desde dia 12 de março que tenho trabalhado onde estão os casos de COVID-19. Trabalho diretamente com os infectados. O material que nos ofereciam era um avental, luvas e uma máscara cirúrgica. Nada mais. É até desesperante quando queres salvar vidas», afirma, incomodada. A profissional de saúde garante que as pessoas não estão conscientes do perigo.

«Os doentes espirram para cima de mim. Tive um episódio em que um deles estava a fazer oxigénio e tirou a máscara e começou a tossir, sem pôr sequer a mão à frente. Não têm noção…», relata a jovem, de 30 anos. «Eu entrei na enfermaria com luvas e com máscara e disseram-me que eu não tinha de usar aquilo porque o doente tinha dado negativo. Mas será que não entendem? Eu trabalho com pessoas infectadas, até eu posso ter o vírus e não saber, e vou andar a transmitir às pessoas? Coisas destas aconteceram sucessivamente e eu cheguei mesmo ao limite. Porque isto é brincar com a vida das pessoas. Fico mesmo indignada, tenho uma frustração no peito, que me sufoca», atira, revoltada.

A ex-mulher de Bruno não põe de parte a possibilidade de ter contraído o vírus. «Fui mandada para um serviço em que só usava luvas e avental. Dias depois fiquei a saber que uma doente que eu tratei tinha Covid-19! Estava no meio de uma enfermaria, com mais doentes, muitos deles velhinhos, e eu e toda a gente lidámos com ela só com luvas e avental! Eu sintomas não tenho, mas claro que posso ter. Antes de vir para cá comecei a tomar vitaminas, para que o meu sistema imunitário ficasse mais forte. Posso estar infectada. Lá estão com uma postura relaxada e isso choca-me», acrescenta.

Teme pela família

De mãos e pés atados, Tatiana decidiu tomar a decisão de antecipar a viagem e à sua espera no aeroporto tinha o ex–marido, Bruno Fernandes, que a foi buscar para que a enfermeira não pusesse os pais em perigo. «Era suposto ficar em Inglaterra até 1 de abril, mas a 25 de março fecharam as fronteiras. Consegui bilhete à última hora», vinca a profissional de saúde, revelando: «Já mandei e-mail à Ordem dos Enfermeiros a oferecer os meus serviços em Portugal. Quero muito ajudar o meu país!» Porém, antes disso, a jovem terá de cumprir a quarentena.

«Estarei isolada durante duas semanas. Não vou ver a minha família. Não posso, nem quero, pô-los em risco. O meu padrasto já tem 70 anos e alguns problemas de saúde. Por muitas saudades que tenha, eles estão em primeiro lugar… Tem sido complicado para eles verem-me em Inglaterra nesta fase a trabalhar, há muito tempo que me pediam para voltar. Estão com o coração nas mãos. Eu nem sequer consigo ter tempo para estar preocupada. Tem sido uma loucura…Sempre disse que se houvesse uma guerra e precisassem de enfermeiros eu ia! Para mim isto está a ser uma guerra, mas não me dão armas
para me poder defender.»

Contudo, outros fatores pesaram no regresso a Portugal. «Se eu posso ajudar Portugal, prefiro estar no meu país. Até porque se eu ficar doente em Inglaterra, e se estiverem também enfermeiros ingleses doentes, eles vão tratar primeiro os ingleses», lamenta. «Tenho alguns colegas portugueses que estão com as mesmas preocupações que eu», remata Tatiana Oliveira.

Textos: Maria Inês Gomes; Fotos: D.R e Arquivo Impala
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