“Sou a noiva em fuga”: Sara Norte recupera do luto e adia sonho de dar o nó

Ainda a superar o luto da perda da irmã, Beatriz, Sara Norte revela que só irá casar quando sentir que a sua família “bem” e “equilibrada”

23 Out 2021 | 9:05
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O ano de 2020 foi particularmente difícil para Sara Norte. A morte da irmã mais nova, Beatriz, de apenas 14 anos, que lutava contra uma leucemia desde 2017, deixou toda a estrutura familiar da atriz, de 36 anos, devastada. Um ano depois deste trágico acontecimento, Sara Norte, que ainda tenta reerguer-se, viu mais uma vez o seu sonho de subir ao altar com o noivo, Vasco, adiado.

“Sou a noiva em fuga”, diz à TV 7 Dias, reforçando que o casamento agora não faz parte dos planos. “Um casamento deve acontecer quando toda a gente está bem, equilibrada e feliz, e quando as coisas não estão, então o melhor é esperar. A minha irmã morreu no ano passado. Faz sentido uma pessoa casar quando está toda a gente em harmonia e em festa, e neste momento ainda não estamos. Além disso, eu e o Vasco já vivemos juntos há cinco anos e o casamento vai ser só uma festa entre amigos e família. Será quando tiver de ser, sem pressões. Vamos ver se nos casamos para o ano.”

Apesar dos dias sombrios que viveu, a atriz encara o futuro com positivismo, sobretudo no que toca à sua grande paixão: a representação. “Vou gravar um filme em dezembro, são poucas sessões, mas estou a aguardar por novas oportunidades e estou confiante. Acredito que o futuro ainda tem coisas boas para mim.”

Enquanto os convites não surgem, Sara Norte vai ocupando o seu tempo como voluntária. “Neste momento estou como voluntária numa associação, estou a trabalhar com um projeto que se chama Este País É para Ciganos. Trabalhamos para uma sociedade igualitária.
Sei que é um bocadinho utópico, mas lutamos para isso e para realizar os sonhos de todas as nossas crianças”, explica.

Além disso, é possível ver atualmente Sara Norte nas grandes telas, no filme Sombra, que se debruça sobre o desaparecimento de Rui Pedro, de 11 anos, no final da década de 1990. “Faço de uma juíza. É um papel pequeno, mas que deu muito gozo para mim”, adianta, sublinhando estar radiante por fazer parte deste projeto. “Sinto-me uma privilegiada por estar aqui no meio. Este filme foi rodado há dois anos, depois entrou a COVID-19 e foi-se adiando a estreia. Este filme retrata a história do Rui Pedro, que faz parte de todos nós, porque todos nós vivemos isto. Lembro- me de ser pequenina e do que aaconteceu ao Rui Pedro.”

 

Texto: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos: Zito Colaço

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1805 da TV 7 Dias) 

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