O sofrimento de Vitor Kley com a depressão do pai e a morte de fã de apenas seis anos

Vitor Kley revelou, em exclusivo à TV7 Dias, os episódios que mais marcaram a sua infância e vida adulta. O namorado de Carolina Loureiro sofre com a doença do progenitor.

23 Nov 2019 | 19:50
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Natural de Porto Alegre, Vitor Kley tinha dez anos quando compôs a sua primeira canção, incentivado pela mãe, Janice, intitulada É Bem Melhor, em homenagem à sua avó materna. Aos 14 anos, aventurou- se pela primeira vez na edição de um álbum, a que deu o nome de Eclipse Solar, composto por 15 faixas.

Contudo, antes de vingar no meio artístico, o brasileiro foi jogador de ténis, tal como o seu pai, Ivan Kley. «Eu e o meu irmão jogávamos ténis, o meu pai era profissional também e a minha mãe sempre guardava as coisas dele. Quando começámos a jogar, ela começou a guardar as nossas coisas dos campeonatos. Quando fui para a música, ela começou a guardar as coisas da música. Ela tem uma pastinha onde guarda todos os jornais que saem», relatou em entrevista.

Vitor Kley vê nos progenitores os seus maiores alicerces. Por essa razão, não esconde o sofrimento pelo seu pai, que sofreu de depressão, pela primeira vez, em 1996. «É o meu herói. Como filho, é um desafio que a minha família enfrenta diariamente, todo o dia é uma batalha. O meu pai é ex-tenista e diz que parece que está num jogo que não acaba nunca», confidenciou o jovem.

Porém, o período mais difícil surgiu quando Vitor viu o seu progenitor a sofrer da mesma doença na altura em que conquistou
o Brasil com O Sol. «A minha esposa, Janice, deu-me muita força, mas ela já não estava a aguentar e tive que recorrer aos meus filhos, justamente na altura em que em que ele estourou com O Sol e eu não conseguia vibrar. Mas eu acreditei e procurei por ajuda», disse o ex-tenista no programa Encontro com Fátima Bernardes.

O jovem revela que, durante a infância, não compreendia o que se passava com o pai: «Quando ele parou de jogar, eu tinha dois anos, por aí. Eu lembro-me que ele não saía do quarto. A porta estava sempre fechada. Os meus amigos brincavam na quadra do prédio com os pais e eu perguntava à minha mãe pelo pai. Eu queria jogar bola, ténis. A minha mãe escondia um pouco. Hoje, é um trauma que tenho. Sempre que acordo, vejo se a porta está entreaberta e aí olho para ver se ele está deitado. Se está deitado, digo logo para se levantar. Às vezes acordo-o e ele só me diz que está a descansar. Dá um medo que ele fique ali por anos», teceu, reforçando que durante sete meses o seu pai não se levantou da cama. «A cama já tinha um buraco no meio.»

Outro dos episódios que marcaram a ainda recente carreira de Vitor Kley foi a morte de Anna Luísa. A 17 de fevereiro deste ano, o cantor não escondeu a emoção durante um concerto em Brasília. Ele convidou a pequena Anna, de seis anos, a subir ao palco, acompanhada do irmão Davi. Juntos cantaram O Sol, a música que acompanhou a criança nos tratamentos a que estava a ser submetida devido a um cancro na cabeça. O músico ficou muito sensibilizado com a história da menina.

Contudo, em setembro, a pequena Anna Luísa não resistiu e deixou o Brasil em lágrimas. «Anna, a maior estrela, o maior brilho, o mais lindo e verdadeiro Sol. Te amo sempre», escreveu o artista nas suas redes sociais.

Texto: Telma Santos; Fotos: Helena Morais e Reprodução Internet

 

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(artigo originalmente publicado na edição nº 1705 da TV 7 Dias)

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