Dois meses depois do transplante de coração, Salvador Sobral deu a primeira entrevista. Na RTP1, entrevistado por João Adelino Faria, o vencedor do Festival da Eurovisão resumiu o seu ano de 2017.
«Venci o maior concurso pop europeu. Depois, enfiei-me num quarto de hospital durante quatro meses e fiz um transplante de coraçao. É o ano mais díspar que alguém podia imaginar», disse.
O músico definiu a operação como uma «experiência fora desta realidade» mas preferiu ver o processo de forma pragmática. «É uma experiência como outra. Eu adaptei-me. Aquela situação é a minha realidade. Prefiro não ser metafísico sobre estas coisas. Eu tinha este problema e agora está resolvido», garantiu.
Salvador Sobral não quer saber quem foi o dador
Questionado por João Adelino Faria sobre se tem curiosidade sobre a origem do coração que lhe foi transplantado, o músico afirmou:
«Não me questiono de onde vem o coração. Eu vejo as coisas de forma prática. Mas pode ser que eu, daqui a um tempo, pense de outra forma. Por agora, não tenho essa vontade de ir procurar».
O músico de 28 anos garante ainda que se sente «igual» ao que era dantes e que agora está concentrado na preparação do segundo álbum, que vai contar com poemas de nomes como Miguel Esteves Cardoso e o Gonçalo M.Tavares.
Quase um ano depois de ter vencido o Festival da Canção, e depois de ter vivido um ano sem comparação, Salvador revela que o seu maior sonho é « viajar e tocar pelo mundo inteiro. Descobrir culturas. Ir a Bogotá, Caracas… ir a todo o lado fazer música!».
João Adelino Faria perguntou ainda ao músico se, hoje, se sente um homem mais forte: «Sou hoje um homem mais forte», disse Salvador.
Salvador Sobral foi submetido a um transplante cardíaco a 8 de dezembro, no hospital de Santa Cruz, em Carnaxide.