Quer o Destino, próxima novela da TVI, foi apresentada esta terça-feira, 21 de janeiro e nem o frio que se fazia sentir no Páteo Alfacinha, em Lisboa, fez esmorecer os ânimos de uma equipa inteira, pronta para ‘pegar o touro pelos cornos’. Que é como quem diz, a luta pela reconquista da liderança.
Sara Barradas regressa à posição de protagonista de uma novela na pela de Vitória Santareno, uma mulher que foi violada na adolescência e regressa agora ao local do crime para se vingar dos irmãos Santa Cruz (interpretados por Pedro Teixeira, Isaac Alfaiate, Pedro Sousa e Filipe Vargas). «É ótimo, é uma responsabilidade muito grande», diz a atriz de 29 anos.
A mulher de José Raposo foi mãe há 10 meses e o facto de agora ter Lua fez com que reflectisse antes de aceitar o convite da TVI e, assim, ser protagonista de uma novela, algo que não acontecia desde 2013, com Mundo ao Contrário. «Há sete anos não tinha uma filha, essa é a principal diferença na minha vida. Tive de pensar bem para me conseguir organizar o melhor possível, ser protagonista, conseguir fazer teatro e dedicar-me à minha filha e ao meu marido», conta a atriz.
Pedro Teixeira regressa à ficção e também para uma estreia: o seu primeiro vilão. Marcos Santa Cruz, um mulherengo inveterado e também um dos principais carrascos de Vitória. Na ficção, o ator contracena com Ana Sofia Martins. Uma primeira vez para a dupla que se reencontra após ter apresentado o formato Nunca Digas Nunca. «Coitada, ela vai sofrer muito nas mãos do Marcos», começa por dizer.
Atualmente no ar com Mental Samurai e depois de 16 anos na ficção televisiva a interpretar galãs e bons da fita, Pedro Teixeira admite recear a reação dos telespectadores quando o virem na pele de vilão. «Não sei até que ponto as pessoas vão aceitar ver o Pedro Teixeira como Marcos. Chega a ser extremamente agressivo», explica o ator, adiantando que «há cenas muito fortes».
Nuno Santos quer TVI «próxima dos portugueses»
A apresentação de Quer o Destino marcou também a estreia de Nuno Santos num evento da TVI. O novo diretor de programas da estação de Queluz de Baixo fez questão de, antes da exibição do trailer da novela, fazer um discurso otimista e de confiança. «Temos uma grande história e achamos que ela vai chegar às pessoas porque também houve a preocupação, desde o momento em que o projeto nasceu, de que ele estivesse próximo daquilo que é um território da TVI e ao qual nós regressamos com gosto mas também com naturalidade que é estar próximo dos portugueses. No fundo, criar uma ficção com a qual as pessoas se identifiquem», disse o homem forte da TVI.
Nuno Santos, como se diz na gíria militar, moralizou as tropas mas também foi racional. «Temos razões para estar otimistas mas também tenho os pés bem assentes na terra. Temos um caminho para fazer e Quer o destino é uma peça desse caminho que estamos a iniciar na TVI», salienta o novo homem do leme.
O novo diretor de programas elogiou o elenco, salientou a importância de um núcleo de humor, algo que a TVI tinha descurado nas últimas tramas e dedicou parte do seu discurso a destacar «as pessoas que nunca vemos em casa». «Não há talento artístico que resista a equipas operacionais, técnicas que não estejam alinhadas e não acreditem no projeto. O que nós estamos aqui a fazer e o resultado dessas várias equipas. Acho que isso se sente e se vai sentir cada vez mais no futuro. Nós queremos melhorar e tornar-nos mais próximos uns dos outros». Um reforço de confiança na máquina que produz a ficção na TVI, a Plural Entertainment que, recentemente, levou a cabo mais uma greve, forma de protesto que tem vindo a ser recorrente na produtora.
Ainda sem de estreia mas com a certeza de que irá substituir Prisioneira, Quer o Destino conta também com Maria José Paschoal, Maya Booth, Marta Faial, Marina Mota, Luís Esparteiro, João Vicente, Rodrigo Paganelli, Ana Bustorff, Inês Herédia, Leonor Seixas e Mafalda Marafusta no elenco.
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Texto: Raquel Costa | Fotos: Tito Calado
