Presidente Marcelo no último adeus a Tozé Martinho. Veja as imagens!

Tozé Martinho morreu, este domingo, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória. As cerimónias fúnebres decorreram esta terça-feira, dia 18 de fevereiro.

18 Fev 2020 | 15:34
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Família e amigos despediram-se esta terça-feira de Tozé Martinho, de 72 anos, um dos primeiros galãs das telenovelas portuguesas. Para trás, fica uma longa carreira em teatro e televisão, onde criou várias amizades que não faltaram a este último adeus na Igreja da Ressurreição, em Cascais.

E foram vários os rostos conhecidos que prestaram homenagem ao ator e argumentista, tal como Marcelo Rebelo de Sousa, José Raposo, Bárbara Norton de Matos, António Pinto Basto, António Aldeia, Marques d’Arede, Carlos Areia, Rosabela Soares, Patrícia Candoso ou Márcia Leal. 

António José Bastos de Oliveira Martinho nasceu em Lisboa em dezembro de 1947 e é irmão de Ana Maria Magalhães, uma das autoras da coleção juvenil Uma Aventura. Tem dois filhos, Rita e António Martinho. 

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«Qualidade de vida de Tozé Martinho se foi degradando»

O percurso na ficção era longo, quer como ator, quer como argumentista. E ninguém lhe tira o mérito pelos sucessos que foi assinando ao longo de décadas, nomeadamente para a TVI, canal para o qual escreveu, entre 2005 e 2006, a novela Dei-te Quase Tudo, a mais vista de sempre na televisão portuguesa. Tozé Martinho morreu, no passado domingo, aos 72 anos, não resistindo a uma paragem cardiorrespiratória. As complicações já se vinham arrastando, contudo, de há dois anos para cá.

Em declarações à TV 7 Dias, o também ator Luís Aleluia recorda que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) que atingiu Tozé Martinho, há dois anos, «foi um pouquinho o início de toda esta fatalidade, já previsível».

«Ele não recuperou do AVC. A qualidade de vida foi-se degradando… Encontrei-o há não muito tempo e pronto… Ia-se degradando. Não conseguiu dar a volta à situação, infelizmente», lamenta Luís Aleluia, para quem a notícia da morte do ator e argumentista lhe causou «uma tristeza muito grande». Afinal, «ele era novo demais para morrer»«Vou ficar com saudades do Tozé», reforça à nossa revista.

Apesar do desalento pela partida precoce de Tozé Martinho, Luís Aleluia refere que «foi muito gratificante» trabalhar diretamente com o ator, com quem, imagine-se, se estreou no pequeno ecrã com «um pequeno papel». «Foi com ele que comecei. A primeira vez que fiz televisão foi em Os Homens da Segurança, com o Rogério Paulo, o Nicolau Breyner e o Henrique Santana», recorda o ator, referindo-se à série que a RTP1 transmitiu quando corria o ano de 1988. Há 32 anos, portanto.

«Depois, ainda tivemos outros projetos. O Sétimo Direito, com a Cláudia Cadima, o Henrique Santana, o Carlos Quintas e a Rita Ribeiro, marcou-me muito. Foi muito bom.» A série, também de 1988, era produzida pelos estúdios Atlântida, de que Tozé Martinho era fundador.

No final, e passados tantos anos, só ficam as boas recordações. «Foi sempre um homem muito cortês, muito educado, que sempre nos tratou bem. Além de que se perde um bom argumentista e um homem de televisão, que lutava pela indústria do audiovisual, sobretudo pela nossa independência. Nós importávamos muitas telenovelas, porque ao princípio não tínhamos essas qualidades que, felizmente, temos hoje», avalia, louvando ainda a «continuidade de se fazer e de se insistir» que sempre encontrou em Tozé Martinho. Saiba mais aqui. 

Texto: Inês Borges e Dúlio Silva/ Fotos: Helena Morais

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