Nuno Markl CRITICA INDIGNAÇÃO com roupa unissexo: «ACIMA DE TUDO, É UM BOCADO PARVO»

Uma conhecida marca de roupa infantil lançou uma linha unissexo e, como já é costume, houve reacções menos positivas nas redes sociais. Nuno Markl comentou esta polémica, que o faz «chorar a rir».

28 Mar 2019 | 16:50
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A coleção foi lançada há um mês mas só agora atingiu as redes sociais. E como uma bomba. A marca de roupa infantil Zippy criou uma linha de vestuário unissexo e, nos últimos dias, a internet reagiu e não foi de forma positiva. Há ameaças de boicote, críticas à marca e até um movimento que usa a etiqueta #DeixemAsCriançasEmPaz.

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Nuno Markl, que tem um filho, Pedro, de sete anos, fez questão de comentar mais esta onda de indignação nas redes sociais. «Creio que também todos lutamos por sermos nós próprios, ninguém – no seu perfeito juízo – quer que lhe imponham ser outra pessoa», começa por escrever o guionista.

 

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Ora bem: happy. Ser feliz. Acho que todos concordamos que é bom, certo? Be you. Creio que também todos lutamos por sermos nós próprios, ninguém – no seu perfeito juízo – quer que lhe imponham ser outra pessoa. Be colorful. Eu gosto de ver o meu filho vestido com cores – o cinzento e o preto, sendo as cores favoritas dos portugueses para os seus automóveis, entristecem o visual da roupa de uma criança (apesar de ele ter uma t-shirt preta muito fixe com o Kylo Ren). Be free. Creio que também ninguém quer estar aprisionado. Por isso, diria que não vejo nada de mal nem neste cartaz, nem em roupas que servem a rapazes e raparigas. Em nenhum momento desta campanha vejo alguém dizer coisas como “namorem com pessoas do mesmo sexo” ou “rapaz, sê uma rapariga” ou “rapariga, sê um rapaz”. Quando vejo pessoas, espumando de fúria e apelando ao boicote, dou por mim a chorar a rir, primeiro (a ira insana das pessoas consegue ser espectacular) e depois a lamentar que essa energia não seja posta a render em acções que façam, de maneira objectiva, o Bem. Porque, pá – de que maneira boicotar uma loja de roupa infantil de um shopping contribui para o Bem da Humanidade? É que pensando no Gandhi, na Madre Teresa de Calcutá, nessa malta incrível toda e que tantas valiosas lições deixou para o mundo, não consigo encaixar “boicote a lojas de roupa que vendem peças que servem a garotos e a garotas” como algo capaz de assegurar a candidatura de humano ao panteão onde vivem, para sempre, as pessoas decentes. Vejam lá isso. É que, acima de tudo, é um bocado parvo. Já agora, digam-me uma coisa: quando andarem pelo corredor central do Colombo vão mudar para o outro lado da ala quando passarem ao pé da Zippy? Estou só curioso. É que, ao mesmo tempo, essa fúria tem muita, muita piada. Vá, agora venham de lá os insultos.

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Markl diz ainda que gosta de ver o filho «vestido com cores» e argumenta que «ninguém quer estar aprisionado». «Por isso, diria que não vejo nada de mal nem neste cartaz, nem em roupas que servem a rapazes e raparigas. Em nenhum momento desta campanha vejo alguém dizer coisas como “namorem com pessoas do mesmo sexo” ou “rapaz, sê uma rapariga” ou “rapariga, sê um rapaz”», afirma ainda.

 

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O animador das Manhãs da Comercial lamenta que haja pessoas «espumandode fúria e apelando ao boicote» e afirma que tais atitudes lhe dão vontade de «chorar a rir». «Primeiro (a ira insana das pessoas consegue ser espectacular) e depois a lamentar que essa energia não seja posta a render em acções que façam, de maneira objectiva, o Bem».

 

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Nuno Markl questiona ainda a utilidade prática de um boicote à marca. «É que, acima de tudo, é um bocado parvo. Já agora, digam-me uma coisa: quando andarem pelo corredor central do Colombo vão mudar para o outro lado da ala quando passarem ao pé da Zippy? Estou só curioso. É que, ao mesmo tempo, essa fúria tem muita, muita piada. Vá, agora venham de lá os insultos», conclui.

 

Texto: redação WIN – Conteúdos Digitais | Fotos: Arquivo Impala e redes sociais

 

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