Nudez e paixão: José Condessa e Bárbara Branco fazem par romântico na ficção… outra vez

José Condessa e Bárbara Branco estão habituados a levar o trabalho para casa, mas “O Crime do Padre Amaro” é diferente de tudo o que já fizeram. Sem pudor, falam das cenas de sexo na série da RTP1.

22 Set 2021 | 8:13
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Desta vez com José Condessa e Bárbara Branco como protagonistas, “O Crime do Padre Amaro” volta a ser adaptado para uma série da RTP1, depois da versão mexicana, em 2005, e do filme português protagonizado por Soraia Chaves e Jorge Corrula.

Ele dá vida a Amaro, o padre, e ela a Amélia, o par que nesta grande produção irá viver a paixão proibida descrita na primeira obra literária de Eça de Queiroz, editada em 1875. “Acima de tudo, o mais interessante nesta viagem toda é descobrir uma nova forma de nos conhecermos como atores. Aqui, temos a oportunidade de explorar um lugar novo, porque, se formos revisitar uma coisa que já conhecemos, não é tão interessante. Aqui, tivemos a oportunidade de criar outras duas personagens, e outro casal, totalmente diferente daquele que já nós conhecíamos, e fazer jus a esta obra tão conhecida e nossa”, começa por dizer à TV 7 Dias José Condessa, vestido de Padre Amaro, numa pausa entre cenas rodadas na Quinta da Alcaidaria, em Ourém.

E foi precisamente nesta casa senhorial, no concelho de Leiria, cujas origens remontam ao século XVII, que assistimos às últimas cenas gravadas por Bárbara Branco, no passado dia 26 de agosto. “Foi um belíssimo adeus”, exclamou a jovem atriz, de 21 anos, que se despediu da sua Amélia.

“As cenas de hoje não foram nada comprometedoras. Gravámos o final do primeiro episódio, onde o Amaro e a Amélia se encontram sozinhos, e há uma troca de olhares, que no fundo é a base do que fizemos este mês e meio de trabalho”, explica.

 

Bárbara Branco: “Achava que as cenas iam ser mais complicadas”

 

E se em 2005 era Soraia Chaves a musa que fazia suspirar os portugueses por expor o seu corpo, agora é Bárbara Branco que protagoniza as cenas tórridas de sexo, escritas por Eça de Queiroz na sua obra, com o namorado, José Condessa. “É muito engraçado, porque a nível de toque físico já há um à-vontade. No entanto, não é tudo facilidades, há uma equipa à frente. Eu achava que as cenas iam ser mais complicadas, mas foram supertranquilas”, diz Bárbara Branco.

E sublinha: “Há um constrangimento, obviamente, não é tudo facilidades, ser ator não é só glamour. Mas correu tudo bem, temos uma equipa fenomenal e, acima de tudo, as cenas estão bonitas e é bonito ver. Não há nudez gratuita.”

 

José Condessa: “‘O Crime do Padre Amaro’ não é só sexo”

 

Já para José Condessa, esta história, caracterizada como uma das preciosidades da literatura portuguesa, vai para além das cenas de sexo. “’O Crime do Padre Amaro’ não é só sexo. Também é, mas se há relação mais pura e amorosa sexual é a nossa. Esta relação é amor e isso é muito bonito”, afirma.

“A maior mentira que as pessoas têm na cabeça em relação a ‘O Crime do Padre Amaro’ é que ele é um engatatão que gosta de namorar. Isto não é o que está na obra. A Amélia não é uma oferecida, nunca esteve com nenhum homem. O padre Amaro teve uma relação sexual, da qual se arrependeu durante imenso tempo, por ter caído na tentação, e depois prometeu que nunca mais faria o mesmo, até que se apaixona, ou seja, este amor tem de ser realmente muito grande para isto acontecer. Por isso, as cenas de sexo são o clímax de uma relação amorosa e não carnal”, explica.

José Condessa revela como se preparou para construir a sua personagem. “Tive de descobrir, com o apoio de historiadores e professores de Teologia, por exemplo, como era uma missa tridentina, que não tem nada a ver com a atual. Gostava que, daqui a cinco ou dez anos, uma professora, quando desse esta obra, dissesse aos seus alunos para verem esta série, porque historicamente está correta”, afirma.

 

José Condessa e Bárbara Branco desejosos de férias

 

Sem projetos definidos para os próximos tempos, José Condessa e Bárbara Branco só pensam em férias. “Vamos viajar, ainda não sei bem para onde, mas sim… Férias”, conta a atriz.

“É a primeira fase da minha vida em que olho para a frente e não vejo nada. Mas não me assusta. Foram muitos anos com trabalho atrás de trabalho, mas felizmente vamos ter oportunidade para parar um bocadinho”, refere ainda Bárbara Branco.

Percorra a galeria e veja as imagens captadas pela TV 7 Dias nas gravações de “O Crime do Padre Amaro”.

 

Texto: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos: Helena Morais

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1799 da TV 7 Dias)

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