Novo processo. Carlos Cruz insiste em condenar Portugal devido ao processo Casa Pia

Carlos Cruz recorreu novamente ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem por denegação da Justiça por parte do estado português.

29 Jun 2022 | 11:00
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Carlos Cruz tem como objetivo conseguir a revisão da sentença que o condenou a seis anos de prisão – que já cumpriu – pelo crime de abuso sexual de um aluno menor da Casa Pia. Por isso mesmo, e segundo avança a revista Nova Gente já em banca, o antigo apresentador de televisão recorreu novamente ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) para pedir a condenação de Portugal, por denegação da justiça por parte do Estado, mais concretamente ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Recorde-se que esta instituição se recusou a reabrir o processo mesmo depois de o Tribunal Europeu ter condenado o nosso país por não ter garantido ao apresentador de televisão um “processo equitativo”.

Isto porque o Tribunal da Relação, já na fase de recurso, se recusou a ouvir Carlos Silvino, também condenado no processo, e que se retratou das acusações feitas aos outros acusados (incluindo Carlos Cruz). O mesmo aconteceu com Ilídio Marques, antigo aluno e testemunha do processo, que também se retratou das acusações, o que valeu a absolvição do arguido Hugo Marçal e Francisco Guerra, que escreveu um livro, no qual entrou em contradição com o que disse em tribunal e que “ajudou” a condenar Carlos Cruz. Apesar de o TEDH ter condenado Portugal, acabou por não se pronunciar nem atribuir qualquer valor indemnizatório ao “Senhor Televisão”, defendendo apenas que a condenação do Estado português era “suficiente”.

Ricardo Sá Fernandes, que defende o apresentador de televisão desde 2003, altura em que a ‘bomba’ rebentou, apresentou a queixa há cerca de duas semanas e, poucos dias depois desta decisão, contou as suas intenções. “O que nós pedimos nesta nova queixa é que Portugal seja condenado por violação do processo e denegação de justiça e, se o conseguirmos, pedir novamente a revisão da sentença e um novo julgamento.”

Veja mais pormenores na edição impressa da Nova Gente.

Texto: Neuza Gomes; Fotos: Impala
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