“Não têm outra hipótese”. Fátima Lopes recorda ultimato que fez à TVI

Fátima Lopes voltou a falar do esgotamento que sofreu em 2018, quando ainda estava na TVI. Na altura, a apresentadora colocou o canal ‘entre a espada e a parede’.

12 Abr 2022 | 18:50
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Fátima Lopes voltou a falar do ‘burnout’ – ou esgotamento – que sofreu em 2018 quando estava na TVI e recorda o ultimato que na altura fez à estação de Queluz de Baixo. A apresentadora, que está agora na SIC, era o rosto do programa diário “A Tarde é Sua” e ressentiu-se com o excesso de trabalho.

Numa entrevista ao Observador, Fátima Lopes contou o que disse na TVI, quando recebeu o diagnóstico, e que levou a uma mudança na forma de trabalhar. “‘Fui diagnosticada com um princípio de burnout, o mais normal seria tirar uma baixa e ir para casa recuperar. Não o vou fazer, porque vocês vão mudar isto. Não têm outra hipótese. Se vocês não mudarem isto, terei de ir para casa’. Mudaram”, começou por dizer.

“Passou-se a organizar de uma forma diferente. Passei, por exemplo, a folgar. Em vez de fazer o ‘A Tarde é Sua’ todos os dias, havia um dos dias que não fazia, exatamente porque também trabalhava aos fins de semana. Então, havia um dia para desligar a máquina. Todo o plano foi organizado de outra maneira, de forma a que já integrasse descanso”, contou.

Na mesma entrevista, Fátima Lopes falou ainda dos problemas relacionados com a saúde mental. “Não é agradável sentir o que senti. Não é bom. Sentes que, se continuares assim, vais despistar-te em alta velocidade. E pior: pode ser um despiste do qual não haja retorno. E há casos de pessoas que tiveram ‘burnouts’ muito complicados e nunca mais foram as mesmas”, disse.

Fátima Lopes sentiu tonturas, sensações de desmaio e insónias

No verão de 2020, Fátima Lopes falou pela primeira vez sobre o esgotamento que teve quando estava na TVI. A apresentadora escreveu um longo texto no seu blogue, Simply Flow, e revelou vários pormenores sobre o problema de saúde mental que enfrentou.

“Eu também já precisei de ajuda numa fase menos boa. Eu própria, no início de 2018, passei por uma situação complicada por excesso de trabalho. Estava a fazer três programas, as minhas semanas eram de sete dias e os meus dias de trabalho ocupavam 14 horas. Passava parte do tempo fora de Portugal, pouco via os meus filhos, não tinha tempo para mim, nem para os meus, nem para fazer nada daquilo que me permitia descomprimir”, escreveu.

“Quando dei por mim, comecei a sentir uma tristeza profunda, uma falta de energia e uma série de sintomas que foram tudo menos agradáveis: tonturas, falta de energia, sensação de desmaio, cabeça oca, insónias e falta de vontade para tudo. Tive a capacidade de reconhecer que precisava de ajuda e imediatamente procurei o meu médico de família”, contou.

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Fotos: Reprodução redes sociais

 

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