“Não soou a despedida”: Lourenço Ortigão relata chamada com Pedro Lima antes de morrer

Lourenço Ortigão revela que recebeu uma chamada de Pedro Lima três dias antes do ator morrer. “Podia ter mudado alguma coisa?”, pergunta o rosto da SIC.

09 Out 2021 | 15:25
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Lourenço Ortigão foi o mais recente convidado do “Alta Definição”, da SIC. Em conversa com Daniel Oliveira, o ator da SIC mostra estar “pleno” e na melhor fase da vida. No entanto, confessa que não soube lidar bem com a morte prematura de dois amigos e colegas de profissão: Pedro Lima e Filipe Duarte.

Sobre Pedro Lima, que morreu no dia 20 de junho de 2020, Lourenço confessa que ainda tem algumas questões por responder e revela que recebeu uma chamada do ator, três dias antes da data de falecimento. “Ele ligou-me poucos dias antes só para falar”.

“Às vezes penso, podia ter mudado alguma coisa?”, pergunta-se. O namorado de Kelly Bailey adianta que, na altura, a conversa não soou, de todo, a um “adeus”: “Não soou a despedida nem nada”.

“Depois pensei, repensei, não tenho resposta por acaso. Dava tudo para poder ter mudado isso”, acrescenta.

“A perda do Pipo foi a que mais me custou”

Outra das mortes que mais mexeu com Lourenço foi a de Filipe Duarte, no dia 17 de abril. “Pipo”, como carinhosamente o chamava, era muito mais do que um colega de profissão: era um grande amigo e fiel confidente.

“O Filipe Duarte deu-me o melhor conselho: ‘não tenhas medo de arriscar’. Na altura isso deu-me muita força. O Pipo não esta cá hoje, mas as palavras dele ecoam na minha cabeça”. Lourenço garante a Daniel Oliveira que lembra-se dele “todos os dias” e conta que foi o pai que lhe deu a trágica notícia da sua morte.

“O Pipo fez parte da minha vida de uma forma mais íntima do que as pessoas pensam. Não tinha Instagram, nem Facebook, mas passámos muitos momentos juntos, só os dois. A par do meu irmão era o meu principal confidente nesta área e o meu principal conselheiro. Eu idolatrava-o, queria ser como ele, dava valor à forma como geria a carreira dele”, diz.

Lourenço descreve Filipe como um “bom profissional”, “bom colega” e “bom marido”. “Queria ser como ele e dizia-lhe isso, sugava tudo dele. Ele vai estar sempre presente. Quando entro num projeto novo penso sempre nele, no que ele me diria (…) A perda do Pipo foi a que mais me custou.

Texto: Inês Borges; Fotos: DR

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