“Não queria nada ser mãe”: Júlia Pinheiro surpreende tudo e todos em entrevista ao filho

Júlia Pinheiro foi entrevistada pelo filho, Rui Maria Pêgo, na Rádio Comercial, e durante a conversa revelou que não tinha o sonho de ser mãe. “O teu pai é que lixou isto tudo”, brincou.

30 Jul 2021 | 19:50
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Júlia Pinheiro, de 58 anos, foi a última convidada do programa “Era o Que Faltava”, da Rádio Comercial, apresentado tanto pelo filho, Rui Maria Pêgo, e Ana Martins. Vários temas foram abordados e muitas revelações foram feitas. Entre diversas palavras trocadas, a apresentadora da SIC foi franca: “Não queria nada ser mãe”.

A anfitriã do programa “Júlia”, da SIC, conta com quase 40 anos de casamento com Rui Pêgo e 32 de maternidade. É progenitora de Rui Maria Pêgo, de 32 anos, e das gémeas MatildeCarolina Maria Pêgo, de 23, mas admite que ser mãe de família não estava nos seus planos de vida. E não só. Nem o casamento era um objetivo.

“Eu não queria ia ser nada disto em que me transformei. (…) Eu ia para os cenários de guerra, era um dia na Palestina, outro dia no Iraque, era só vir a casa fazer as malas e mudar a roupa (…). De repente, aparece o teu pai, que lixou isto tudo. O teu pai é que é o responsável, Rui Maria, que se me atravessou na casa do Senhor, na Rádio Renascença, e começou com ideias. E depois encheu-me de meninos”, brincou.

Quando era jovem, Júlia Pinheiro aspirava tornar-se numa das suas referências jornalísticas. “Eu ia ser outra coisa. (…) Eu queria ser uma Maria Lins, uma Margarida Amarante, uma Manuela Moura Guedes, um Miguel Sousa Tavares”, atirou. “Eu queria estar ali com eles. E não é que estive? Há coisas extraordinárias”, disse.

 

Júlia Pinheiro e o papel de mãe: “É mais difícil do que qualquer coisa”

 

A vida trocou-lhe as voltas e estrela da SIC, a par de todos os desafios sentidos e ultrapassados na sua carreira, revelou que a prova mais exigente foi ser mãe. “É mais difícil do que qualquer coisa. É um desafio que, quando acontece, não temos perceção. Somos apenas impelidos pelo grande amor, pela inebriante e intoxicante ideia de amar alguém que está a crescer dentro de nós e é maravilhoso”, assegurou.

Viveu a infância dos filhos de uma forma “cor de rosa” e a adolescência dos mesmos invadiu-a com dúvidas. “Os anos da infância são de um romantismo. Pelo menos, os meus convosco foram assim. Era tudo cor de rosa, era tudo bonito e era possível conciliar com a vida profissional e com tudo o que me era exigido para vos acompanhar. Depois, a adolescência. Acho que ninguém está preparado para filhos adolescentes”, atirou Júlia Pinheiro.

E continuou: “A adolescência, a afirmação da personalidade de cada um dos nossos filhos, o entendermos a sua singularidade, as suas expectativas… Foi muito difícil. É preciso crescer imenso. Há pessoas que têm essa capacidade de forma intuitiva. (…) Comigo, não foi. Acho que reproduzi muitos padrões da maneira como eu própria fui educada e tenho as maiores dúvidas se foram os melhores ou não. (…) Foi tormentoso. Eu tive muitas dúvidas, muito mais do que qualquer outro papel”.

 

Júlia Pinheiro: “Eu própria não tive uma mãe muito maternal”

 

Foi neste contexto que Júlia Pinheiro confessou como era a sua relação com a mãe. “Eu própria não tive uma mãe muito maternal. A minha mãe, coitadinha, é uma senhora estimada, mas era empresária e também apareci ali um bocadinho à toa”, referiu a apresentadora.

Esta não foi a primeira entrevista que Júlia Pinheiro deu ao filho. Em 2019, no Dia da Mulher, no programa das tardes da SIC, a estrela da estação de Paço de Arcos foi entrevistada pelo filho. Rui Maria Pêgo está de saída da Rádio Comercial para rumar a Inglaterra e investir num mestrado em Teatro.

 

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Texto: Carolina Sousa; Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais
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