Irmão de Pipoca morreu em acidente: “Carro completamente destruído”

A Pipoca Mais Doce, nome artístico de Ana Garcia Martins, chorou a morte do irmão há 22 anos. Há algum tempo, recordou a tragédia com a qual “os pais envelheceram dez anos”.

18 Out 2020 | 19:30
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Ana Garcia Martins, mais conhecida como A Pipoca Mais Doce, é amada e odiada por muitos cibernautas e espectadores do “Big Brother”. Mas os mais distraídos nem imaginam a história de tragédia que a comentadora do reality show da TVI escondeu durante anos.

A ex-jornalista tinha apenas 18 anos quando perdeu o irmão, Tiago, dois anos mais velho. Nas redes sociais, Pipoca abordou o assunto, há uns anos, e desabafou com os fãs.

“Cá em casa não se fala muito nele. É normal, acho que ainda está tudo um bocado em estado de choque, mesmo que tenham passado sete anos [o acidente ocorreu em 1999]. Para mim, foi ontem que o telefone nos acordou às três da manhã, que a minha mãe desatou aos gritos, que o meu pai se voltou a deitar, sem dizer nada, e que eu fiquei ali, de pé no quarto dos meus pais, sem saber qual deles atender primeiro”, começou por escrever Ana Garcia Martins.

 

“Um carro completamente destruído, toda a gente a agarrar-me”

 

A dura realidade marcou a vida de Pipoca, que não esquece o que viu no dia do acidente que vitimou o irmão mais velho, destruindo a sua família.

“Lembro-me perfeitamente de as pessoas nos entrarem em casa madrugada fora, das cenas de gritos e choro, de eu adormecer e acordar cedo a pensar que tinha sonhado. De saltar da cama, de perceber que era mesmo a sério, de ir ao sítio do acidente e aí, sim, deparar-me com a realidade e com a irreversibilidade da coisa. Um carro completamente destruído, toda a gente a agarrar-me. Deviam estar com medo que me desse uma coisinha má e eu caísse ali redonda, mas eu só queria ver”, recordou.

“Tenho medo de me ir esquecendo das feições, da maneira de ser. Às vezes olho-me ao espelho e fico assustada com semelhanças que nunca tinha visto antes. O que aconteceu é de uma tristeza que não se pode imaginar. Vejo como os meus pais envelheceram dez anos, como perderam tanta alegria e consome-me saber que terão de viver com aquela dor para sempre. Não há injustiça maior”, lamentou.

 

Texto: Filipa Rosa; Fotografias: reprodução redes sociais

 

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