Escândalo: Ligações a pedofilia ensombram príncipe André

André de Inglaterra volta a estar debaixo de fogo depois de Epstein se ter suicidado na prisão. Imprensa britânica garante que o príncipe albergou o amigo em Balmoral com a rainha na residência.

19 Ago 2019 | 17:10
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Nove anos depois, André de Inglaterra volta a estar sob suspeita devido às suas ligações com Jeffrey Epstein. A morte do financeiro norte-americano, que terá cometido suicídio na prisão – quando enfrentava novas acusações de tráfico sexua – trouxe à tona uma amizade que está a embaraçar novamente a família real britânica.

Depois de ter emitido um comunicado a negar envolvimento nos crimes de abuso sexual e tráfico de mulheres de que o norte-americano estava acusado, o príncipe André vê agora o jornal Daily Mail contar que Epstein foi seu convidado em Balmoral, numa altura em que a rainha de Inglaterra se encontrava na residência.

O encontro terá acontecido em 1999, depois de alegadamente Jeffrey Epstein ter começado a recrutar jovens como escravas sexuais.

Apesar de o financeiro norte-americano ter morrido – foi encontrado enforcado num lençol no dia 10 de agosto na sua cela -, a verdade é que as acusações de exploração sexual continuam bem vivas e a ensombrar André de Inglaterra. O Palácio de Buckingham não teve outro remédio senão falar publicamente do assunto, com a emissão de um comunicado.

«O duque de Iorque está horrorizado pelas notícias recentes dos alegados crimes de Jeffrey Epstein. Sua alteza real deplora a exploração de qualquer ser humano e qualquer sugestão de que aceitaria, participaria ou encorajaria esse comportamento é abjecta», pode ler-se no documento.

O escândalo toma agora novas proporções e traz à luz do dia uma polémica que estava adormecida há quase uma década.

Este fim-de-semana, os tablóides britânicos publicaram fotografias do príncipe a dizer adeus a uma mulher que se encontrava dentro da mansão de Epstein. Imagens que datam de 2010.

 

Ilibado por falta de provas

 

Depois da festa em Balmoral – que agora é tornada pública -, o príncipe André foi surpreendido em casa do empresário norte-americano, numa história que deu muito que falar e que abalou a realeza britânica.

Na altura, surgiram imagens de André de Inglaterra abraçado a uma ‘massagista’ de 17 anos, de seu nome Virgina Roberts, que terá admitido ter mantido, por três vezes, relações sexuais com o príncipe.

A jovem foi uma das mulheres que acusou Epstein de tráfico sexual e denunciou às autoridades que o financeiro a teria obrigado a relacionar-se intimamente com o filho da rainha de Inglaterra entre 1999 e 2002. O príncipe André acabou ilibado por um juiz por falta de provas, não se conseguindo provar se realmente tinha tido relações sexuais com as ‘massagistas’ menores de Epstein e até se tinha conhecimento de que alegadamente o amigo as explorava sexualmente.

Por causa desta amizade e, sobretudo, deste escândalo que o levou a ser investigado, André de Inglaterra teve de batalhar para recuperar a sua dignidade e para manter o cargo de representante especial do Reino Unido para o comércio e indústria. Para isso, acabou por reconhecer que a sua amizade com Jeffrey Epstein foi irresponsável.

Porém, a história parece estar longe de terminar. Isto porque William Barr, procurador-geral dos Estados Unidos da América, já deixou claro que a morte de Jeffrey Epstein não será o ponto final nas investigações. O responsável garantiu que «o caso continuará a ser investigado contra qualquer um que tenha sido cúmplice de Epstein. Nenhum dos conspiradores deve ficar tranquilo».

 

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Texto: Rita Montenegro | Fotos: Reuters

 

 

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