Entrevista a Ruth Marlene: “Durante meses, nem em casa cantei. Sentia-me sem energias”

“Aceita que Dói Menos” e “Tu Queres É Festa”, de Ruth Marlene, não deixam ninguém indiferente. À TV 7 Dias, a cantora fala sobre a pandemia, as novas canções e do que está a preparar para o futuro.

25 Set 2021 | 16:44
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TV 7 Dias – Como foi o processo criativo dos novos singles?

Ruth Marlene – Os temas “Aceita que Dói Menos” e “Tu Queres É Festa” têm animado o verão dos portugueses. O Ricardo [N.R.: autor, Ricardo Landum] conhece-me há anos e quando escreve estas músicas para mim inspira-se sempre na minha vida. Nós falámos várias vezes enquanto ele estava a escrever as músicas e sempre tive a certeza que os temas se identificavam comigo.

Há alguma mensagem que pretende transmitir?

Quero transmitir muita esperança, energia e muita alegria.

Para quando o lançamento de um novo álbum?

Lancei recentemente a “Playlist”, de 21 temas, que já tínhamos vindo a preparar há algum tempo, e enquanto não sai o próximo CD podem ouvir todos os meus temas mais conhecidos neste.

“Tu Queres É Festa” faz parte da banda sonora da telenovela da TVI “Festa É Festa”. O que significa para si?

Para mim é uma honra ter o tema como genérico da telenovela. Quando me ligaram a dar a notícia nem queria acreditar. É um tema que amo e acho que faz todo o sentido naquele projeto.

O que se segue?

Por enquanto estou a dedicar-me à preparação da nova tour de 2022. Quero que seja um grande ano e estou a preparar um novo espetáculo, sem esquecer todos os temas que as pessoas amam. Espero que em 2022 possamos todos dançar e cantar à vontade.

Como tem vivido este último ano marcado pela pandemia?

Foi complicado, principalmente porque eu sofri na pele o que é estar infetada com COVID-19, mas agora não quero olhar para trás. Temos de nos focar no futuro, que tenho a certeza que vai ser muito melhor para todos.

Como tem sido trabalhar, gravar temas, numa altura em que não pode subir aos palcos?

Os palcos fazem-me falta, o calor do público. Na quarentena concentrei-me em mim e em escrever novas músicas. Dediquei mais tempo a outras coisas. Mas tirarem-me o palco e o público é como tirarem-me um bocado de mim.

Quais foram e são as suas maiores preocupações?

São e serão sempre as minhas filhas e a minha família. Quero todos os que estão à minha volta bem, pois se eles não estiverem bem eu também não estou.

De que forma a pandemia a afetou?

Tirou-me o palco, tirou-me o público e aquilo que mais amo fazer, que é cantar. Durante alguns meses, nem em casa cantei. Sentia-me sem energias.

 

Texto: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos: Divulgação e reprodução redes sociais

 

(entrevista originalmente publicada na edição nº 1801 da TV 7 Dias)

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