«É muito ingrato!» Cláudio Ramos abre o jogo e diz que não era valorizado na SIC

Em entrevista na Rádio Comercial, o apresentador revelou que quis recusar fazer O Programa da Cristina e assumiu que «a SIC não recebeu bem» a sua decisão de se mudar para a TVI.

25 Abr 2020 | 11:10
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Foi uma entrevista na qual Cláudio Ramos contou toda a verdade. A passagem do apresentador pelo programa Era o que Faltava, da Rádio Comercial, ficou marcada por várias revelações a propósito da sua mudança da SIC para a TVI, onde vai conduzir, já a partir de domingo, a primeira fase do reality show Big Brother 2020, denominada BB Zoom.

Pela primeira vez, Cláudio Ramos confessou que «a SIC não recebeu bem» a sua decisão. E fundamentou: «Nenhuma empresa iria receber bem, porque eu sou um ativo bom. Não tenho nenhuma modéstia em dizer que sou um belíssimo ativo nisto que é fazer televisão. Um bom ativo é uma pessoa que é pau para toda a obra, que consegue fazer tudo e não deixa os diretores defraudados. Na SIC, fiz tudo durante 18 anos de casa.» O apresentador só lamenta que «nunca» tenha tido a «a oportunidade de mostrar» aquilo que também consegue fazer a solo.

Ana Martins, que conduz com Rui Maria Pêgo aquele programa, questionou o convidado se não era para ele «ingrato» não ter sido reconhecido durante o tempo em que esteve na estação de Paço d’Arcos. Cláudio Ramos não tem dúvidas: «É muito ingrato! É muito ingrato. Acho que não nos valorizam. As pessoas não têm noção quando dizem: ‘Ah, saiu. Ingrato. Estava tão bem.’ As pessoas não sabem o que é estar numa estação de televisão onde se acorda todos os dias às 7 da manhã durante 18 anos e, nos últimos cinco anos, durante três dias da semana, sair da SIC à meia-noite e meia. sendo que num dos dias [quarta-feira] eu nem sequer saía do estúdio, porque fazia um programa de manhã [Queridas Manhãs e, no último ano, O Programa da Cristina, ambos da SIC], outro programa à tarde [Contra Capa, SIC Caras] e dois programas à noite [Passadeira Vermelha, SIC Caras].»

O apresentador destacou ter consciência de que «aceitava fazer» aquilo, que «era o que queria e era o dinheiro que ganhava»«Nunca fui obrigado, mas aceitava sempre na esperança de que, um dia, porra, chegasse um formato e dissessem: ‘Cláudio, além disto, tu podes fazer aquele formato.’ Todos nós sabemos que também nos sabe bem, valoriza-nos. Nem é o dinheiro, atenção!», disparou.

«Eu enviei propostas, eu fiz pilotos, eu paguei do meu bolso uma série de coisas para que as coisas resultassem e não resultaram. Eu saí da sic porque eu não tinha como crescer», acrescentou.

 

O Programa da Cristina? «Eu não vou fazer isto. Não quero»

 

Antes, numa conversa sobre os sinais que acredita que a vida lhe dá, Cláudio Ramos confidenciou que esteve a um passo de recusar fazer parte da equipa d’O Programa da Cristina. «Quando eu saí das manhãs [Queridas Manhãs, que terminou para dar lugar ao formato conduzido por Cristina Ferreira], fui convidado para fazer O Programa da Cristina, que vem a ser um sucesso mas que ninguém sabia o que era. Quando a Cristina me convidou, o meu papel no programa era muito reduzido. Não havia quase papel. Podia acontecer, mas podia não acontecer. Podia ser, mas podia não ser», começou por contar.

A primeira impressão sobre este desafio não foi a melhor: «Eu vinha de substituir a Júlia Pinheiro, que para mim tinha um certo peso. Pensei: ‘Porra, como é que eu agora posso sair das manhãs, onde estou como apresentador, e de repente vou fazer uma coisa que nem sei o que é? Eu não vou fazer isto. Não quero.’»

A certeza de que iria recusar o convite de Cristina Ferreira manteve-se nos dias seguintes. Até que um episódio – sinal, acredita Cláudio Ramos – o fez mudar de ideia. «Estou ali uma semana para dar a resposta e, um dia, do nada, chego a casa, abro a varanda da sala e a janela da cozinha. Faz-se uma corrente de ar e a estante, que não estava presa e continua a não estar, cai. Os livros da estante caem todos em bloco. Houve um livro que não caiu. Era o livro da Cristina Ferreira.»

O apresentador acabou por aceitar fazer parte do atual matutino da SIC, mas não esconde que, «no princípio, foi muito difícil» para ele. «O ego é uma coisa complicada. Todos temos ego e, na televisão, é complicado. Eu tenho o meu ego, sou uma pessoa como as outras. […] Cheguei a ir a’O Programa da Cristina só abrir uma porta. Eu lembro-me de me chamarem um dia e eu fui abrir só a porta ao Abel Xavier», vincou.

 

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Texto: Dúlio Silva; Fotografias: Arquivo Impala e reprodução redes sociais

 

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