«Chorei. Tombei». Cláudio Ramos desaba em lágrimas após estreia na TVI

Num longo texto publicado no seu blogue, Cláudio Ramos assume que quebrou após a sua estreia como apresentador da TVI. O apresentador fala ainda abertamente sobre as gafes cometidas em direto.

13 Abr 2020 | 17:30
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«Voltei à televisão dois meses depois de ter saído.» Assim começa um extenso texto de análise de Cláudio Ramos escrito após este se ter estreado como apresentador da TVI, na emissão com um propósito solidário Nunca Desistir. Depois de 18 anos na SIC, o comunicador mudou de estação para conduzir Big Brother 2020, mas a pandemia do novo coronavírus obrigou o adiamento do reality show. A estreia de Cláudio Ramos na TVI foi, assim, diferente daquilo que estava previsto.

No programa especial, o apresentador esteve com Fátima Lopes, com quem trabalhou durante vários anos nas manhãs da SIC. E foi precisamente ao lado dela que Cláudio Ramos cometeu várias gafes, fazendo referências ao canal em que trabalhou e não àquele onde agora está.

«Estive entregue como sempre estou, com o nervoso da responsabilidade que é inerente à profissão e distraído como sou por natureza e, por isso, ao longo da emissão, disse várias vezes SIC em vez de TVI. Não tombou o Carmo nem a Trindade por fazê-lo», defende o apresentador no seu blogue, revelando a reação do Diretor de Programas da TVI, Nuno Santos, aos seus enganos: «O meu diretor, que estava à minha frente, entendeu e sorriu cúmplice, assim como os espectadores – estive 18 anos a dizê-lo e é natural que aconteça».

Cláudio Ramos não dá o assunto por encerrado aqui e lembra as gafes que cometeu nas primeiras emissões d’O Programa da Cristina, que fez Cristina Ferreira trocar a TVI pela SIC ao fim de 16 anos. «Lembro-me de quando comecei a trabalhar com a Cristina, várias vezes lhe chamei Júlia [Pinheiro] e foi uma sorte ontem não ter chamado Cristina à Fátima. Eu sou por natureza uma pessoa distraída, acho que isso ficou muito evidente nos últimos tempos e ainda que mudem registos e formatos a essência de um comunicador de verdade não se esconde e só passa verdade para casa se ele não se esconder. Eu não me escondo. Socorro-me de ‘muletas’ que me ajudem mas não me escondo, nem nas distrações nem na responsabilidade», afirma a nova estrela da estação de Queluz de Baixo.

 

«Chorei assim que entrei no carro. Chorei quando cheguei a casa»

 

Enganos à parte, Cláudio Ramos faz um balanço do dia em que estreou na TVI, em circunstâncias anómalas, as mesmas com que se faz televisão desde que a pandemia da Covid-19 afetou Portugal. Uma novidade para o apresentador, que estava confinado em casa há mais de um mês até aceitar o convite de Nuno Santos para participar ativamente nesta emissão especial.

No final, não conseguiu conter a emoção. «Foi um dia de emoções misturadas. Chorei assim que entrei no carro de volta a casa. Chorei quando cheguei a casa, porque sou assim também. Tenho tanto de forte como de frágil. São muitas coisas misturadas numa pessoa em poucos dias. Mas a vida é assim, estamos todos mais frágeis com o que está a acontecer e percebi o quão importante é estar na linha da frente. Percebi, mais ainda, que a televisão que se faz hoje não é a televisão que deixei há dois meses. É uma televisão mais vazia de gente, sem o calor do público presente, sem o afeto do toque, e apenas com a conversa dos olhos por detrás de uma mascara. Isso derrubou-me. Talvez por estar há tanto tempo em casa sem ir a estúdio o choque foi maior, porque parece que, de repente, a pandemia nos roubou também o lado humano por detrás das câmaras.»

A nova realidade com que se deparou, este domingo, impediu-o de fazer coisas tão simples e banais mas imperativamente não recomendadas agora. Agora que o mundo mudou. «Não abracei a Fátima, com quem voltei a trabalhar quinze anos depois e me recebeu de braços abertos, não abracei a alegria da Fernanda [Serrano], não agradeci ao [Pedro] Texeira com um abraço apertado a surpresa boa que tem sido nesta mudança, não abracei a minha Maria [Botelho Moniz], que estaria a estrear-se com igual responsabilidade e precisaria de um abraço como precisei eu, não abracei o Manel [Luís Goucha] nem lhe disse ao ouvido ‘finalmente dividimos estúdio’…», lamenta Cláudio Ramos. «Falámos todos à distância, sem dizermos nada uns aos outros…»

E continua, valorizando os demais profissionais, atrás das câmaras, que igualmente proporcionaram levar a cabo a emissão Nunca Desistir: «Não abracei a equipa que se foi apresentando aos poucos, atentos, dedicados, com olhos brilhantes e caras tapadas por mascaras que são a defesa. É a prova real do que tantos profissionais de televisão estão a fazer nestes dias para que em casa de cada um exista companhia. Esta é a televisão que temos, feita também ela por heróis. Pequenos soldados do audiovisual que, escondidos, marcham para que a emissão se cumpra.»

Cláudio Ramos não tem palavras para descrever estas imagens. «É emocionante ver. É arrepiante o silêncio e eu, depois de chegar a casa, trocar mensagens com meia dúzia de amigos, tombei. A realidade é lixada… Mas é a realidade que temos e é com ela que temos de lidar, é esta realidade que temos de fintar. E vamos fintando.»

«Quando cheguei a casa chorei. Chorei, porque percebi no terreno que o mundo, nunca mais será o mesmo. Não se iludam. E isso é difícil de engolir», remata o apresentador.

 

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Texto: Dúlio Silva; Fotografias: reprodução redes sociais

 

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