China reporta surto de gripe das aves próximo do epicentro do novo coronavírus

A China reportou este domingo, 2 de fevereiro, um surto de gripe aviária H5N1 na província central de Hunan, próximo do epicentro do coronavírus que causou 304 mortos e está a paralisar o país.

02 Fev 2020 | 13:04
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O surto ocorreu numa quinta no distrito de Shuangqing, cidade de Shaoyang. O surto matou 4.500 das 7.850 galinhas que a quinta possuía. As autoridades locais abateram 17.828 aves nas proximidades, após o surto, segundo um comunicado do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China.

Não foram relatados casos de infeção humana pelo vírus H5N1 em Hunan. O surto surge numa altura em que as autoridades chinesas tentam travar a propagação de um novo coronavírus, que causou 304 mortos e mais de 14 mil infetados no país, e que foi inicialmente detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei, que faz fronteira com Hunan.

 

Tal como o coronavírus, gripe das aves é contagiosa entre humanos

A gripe das aves causa doenças respiratórias graves em aves e é contagioso entre seres humanos. O vírus foi detetado pela primeira vez em 1996 em gansos na China e é sobretudo mortal para as aves.

A possibilidade de transmissão da gripe aviária entre seres humanos é baixa, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A maioria das infeções humanas por H1N5 surge após contacto prolongado e próximo com aves infetadas.

No entanto, a gripe aviária tem uma taxa de mortalidade superior a 50%, muito acima da síndrome respiratória aguda grave (SARS), também conhecida como pneumonia atípica, e que tem uma taxa de mortalidade de 10%, ou o novo coronavírus, que tem uma taxa de 2%, até agora.

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