Foi Carolina Loureiro que terminou com David Carreira! «Ele era ciumento!»

A avó de Carolina Loureiro revela à TV 7 Dias o que levou ao fim da relação da atriz com David Carreira e fala ainda do sofrimento com a morte do avô e a separação dos pais.

13 Out 2019 | 20:10
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Carolina Loureiro, o furacão Nazaré da SIC, tinha apenas 17 anos quando decidiu deixar para trás a sua pequena vila em Pombal e foi sozinha para Lisboa atrás do sonho de ser atriz. Uma decisão que, na altura, para a sua avó paterna, Rosinha, foi uma grande deceção e motivo de dor. Mas, hoje, a octogenária, que deu uma entrevista exclusiva à TV 7 Dias, entende que a neta teve a melhor atitude e elogia-lhe a força que tem tido, numa vida de sofrimento, marcada pela morte do avô, a separação dos pais, a ausência de afeto do progenitor, os tempos difíceis em Lisboa e o namoro conturbado com David Carreira.

Depois de dois anos de namoro, pautados por muitos altos e baixos, e até notícias de vários rompimentos e reconciliações, no final de agosto de 2017, Carolina Loureiro e David Carreira, que cerca de três meses antes tinham começado a viver juntos, anunciaram nas redes sociais o fim da relação, escrevendo: «Sinto que juntos crescemos muito nos últimos dois anos. Hoje acaba a relação, mas mantemos o carinho e a amizade».

O motivo, não revelado nesta declaração, esteve relacionado com os ciúmes excessivos do cantor, garante a avó paterna da atriz. «Ele… acho que era um bocado ciumento», começa por dizer Rosa Loureiro, de 82 anos, que rapidamente volta atrás para dar a certeza e contar que a decisão foi da sua neta. «Acho não, de certeza! Foi o que fez ela acabar e foi o bem que ela fez», assegura, para de seguida, do alto da sabedoria que a idade lhe confere, opinar: «Um homem ciumento nunca faz uma mulher feliz, portanto quando ela começou a apreciar que era assim acabou e acho que fez muito bem.»

E voltou a sublinhar: «Ele era ciumento, pronto, e depois o ciúme é uma doença e um casal onde haja um ciumento nunca pode ser feliz.» E por saber que a neta viveu momentos de controlo e sufoco durante o namoro com David Carreira, diz: «Ela depois de acabar com ele é que começou a andar à vontade. É o que ela diz, está tão bem, ninguém a chateia, faz o que entende. Agora é que ela está bem, não tem ninguém a especular o que ela faz ou deixa de fazer.»

Apesar de a relação não ter resultado, e até de ter feito a neta sofrer, Rosinha, como é carinhosamente tratada pelos seus, diz gostar do cantor, que almoçou mais do que uma vez na sua casa. «Ele esteve aqui nesta mesa duas vezes, ainda almoçou aqui duas vezes, e gostei dele, nunca me fez mal, nunca me tratou mal. Ele era simpático», contou. A avó de Carolina Loureiro, grande fã de Tony Carreira, recorda ainda a oportunidade que teve de estar pessoalmente com o pai do namorado da neta em dezembro de 2016.

«Há um casal aqui que é muito amigo deles e ela disse ao Tony que a avó da Carolina era uma grande fã dele – porque eu sempre gostei de o ouvir cantar – e então quando foi o concerto no MEO Arena, a mulher, a D. Fernanda, arranjou bilhetes para nós lá irmos, e fui eu, esse casal e a Irene, mãe da Carolina. No fim, fomos ter com ele ao camarim porque a Carolina, pelos vistos, já lhe tinha dito que queria que ele tirasse uma fotografia com a avó e então já estava tudo combinado, e lá fomos», revela, entusiasmada.

Quem não esteve presente nesse momento especial para Rosinha foi a neta. «A Carolina, nesse dia, tinha ido com o David para o Norte porque ele ia lá fazer um concerto e ela teve de ir com ele… Lá está, porque ele quando saía queria que ela andasse sempre com ele. E então ela lá foi com ele e não estava em Lisboa», lamenta.

A dor da morte do avô

É com o coração cheio de amor e orgulho que a avó Rosinha fala de Carolina Loureiro, a única neta que no tempo em que o marido, Manuel Loureiro, era vivo, acompanhava sempre os avós nas voltinhas de domingo. «Ela é uma boa menina, muito boa neta! Nós íamos à praia, ao fim de semana, dar a nossa voltinha e era rara a viagem que nós fizéssemos que ela não fosse connosco, era sempre ela que ia connosco, os outros, os primos, iam com os pais, e os irmãos dela eram mais pequeninos, mas ela ia sempre connosco. Ela gostava muito do avô e da avó e os avós gostavam muito dela», conta ela, que não esquece o quanto a atriz sofreu quando um cancro ceifou a vida do avô, com 70 anos, a 6 de setembro de 2002.

«Ela sofreu muito quando o avô se foi embora. Cancro nos pulmões, essa maldita doença! Começou por um pulmão, ainda foi operado, correu tudo bem – para os médicos corre sempre tudo bem –, mas o certo é que, nove meses depois da operação, ele foi-se», relembrou. Também Carolina falou sobre o quanto lhe custou a morte do avô na entrevista que deu a Daniel Oliveira para o Alta Definição.

«O meu avô estava com um cancro nos pulmões já há algum tempo e houve um dia em que nós estávamos todos a brincar na rua e começam a chegar muitos carros, família afastada, que já não via há muito tempo, e chega uma ambulância e eu ‘é o meu avô’… mas por momentos pensei ‘ele já está bem’. E a minha tia veio e começa a dizer ‘miúdos todos para dentro de casa’. Eles entraram todos, a ambulância abre-se e eu vejo-os a tirarem a maca com o meu avô, vivo, superbranco, assim com um ar… não sei, nunca o tinha visto assim, ele viu-me e, nesse momento, eu tive a certeza de que ele ia despedir-se, que ele ia morrer. Entrei para dentro de casa e passado um bocado vieram dizer-nos que ele tinha morrido», contou, desabafando de seguida.

Há uns anos, eu chorava muito pelo meu avô, e o meu tio morreu logo a seguir a ele… era difícil, mas hoje em dia eu aceito. E acho que as pessoas têm uma hora para ir e tudo acontece por alguma razão. E é por isso que a minha avó é tão forte, porque perdeu o marido e a seguir perdeu o filho e teve uma força… e os dois com cancro, mas ela teve uma grande força e está aqui rija ainda!»

Perante estas palavras da neta, Rosinha, de lágrimas nos olhos, confessa: «Tento fazer-me, para resistir… Já passei um mau bocado. A morte do meu marido e depois a seguir a morte do meu filho, que é a mais dolorosa de todas, a que me dói mais… Quatro anos depois do pai foi o meu rico filho… Foi um linfoma e depois acabou por atacar todo o corpo. Tinha feito 50 anos no dia 23 de março e faleceu dia 16 de dezembro.»

O desgosto do divórcio dos pais

 

Ao contrário da relação afetuosa quetinha com o avô, com o pai a relaçãosempre foi mais distante. José Loureiro, que atualmente vive em Cabo Verde, estando apenas algumas temporadas em Portugal, está ligado ao turismo e sempre passou muito tempo fora, não tendo acompanhado de perto o crescimento de Carolina e dos irmãos Francisco e Sofia. Mas, além disso, nunca foi um homem de grandes manifestações de carinho. Os dois fatores marcaram a atriz, que confessou na mesma entrevista da SIC que nunca tinha ouvido o progenitor dizer o que sentia por ela. “O meu pai não vive cá, vive em Cabo Verde, e sempre estive muito habituada a que o meu pai não estivesse muito presente. (…)

A minha mãe diz-me sempre ‘tenho muito orgulho em ti’, ‘gosto muito de ti’ e ‘amo-te’, e o meu pai nunca me disse isso. (…) Nunca houve um gosto muito de ti (…) Eu e o meu pai temos uma relação muito fria e eu sou um bocado fria também, por causa dele, eu acho”, contou a jovem, de 27 anos, acrescentando:

«Eu sempre tive uma relação um bocado distante com ele. Houve uma altura em que nem falámos muito bem. Hoje em dia já falamos mais, até porque eu cresci e percebi algumas coisas que foram feitas por ele e pela minha mãe, que na altura não percebi.”Rosinha, mãe do pai, só soube que o filho nunca havia dito à neta que gostava dela quando viu o Alta Definição, mas tenta desvalorizar o comportamento de José Loureiro, assegurando: «Não é só ele, há muitos pais que são capazes de nunca dizer aos filhos que gostam deles, mas gostam, só não estão a dizer. O meu filho só é mais distante, mas ele gosta muito dos filhos todos. Ele nunca lhe disse que gostava dela, mas não era preciso dizer-lhe, ela via que ele gostava dela. Ela sabe bem que ele gosta dela, embora ele nunca lho tivesse dito.»

E confidencia: «Eu sei que ele gosta de mim, mas também não me diz. São feitios.» No entanto, e mesmo podendo ter essa consciência, Carolina Loureiro garantiu que esses momentos negativos lhe deixaram marcas. «As cicatrizes não desaparecem,vão ficar sempre, o tempo não cura, eu acho que faz com que aceites as coisas, mas nunca esqueces… Há coisas que não dá para esquecer», disse.

Mas não foram só as ausências físicas e as de manifestações de amor do pai que a marcaram. Para a atriz, a separação dos progenitores, que aconteceu quando tinha 19 anos, e numa altura em que já se encontrava a viver em Lisboa, foi um grande desgosto. «Ela já sofreu um bocadinho… A separação dos pais também a magoou muito. Ela gostava de ver os pais juntos… Eu acho que todos os filhos sofrem com a separação dos pais, quando há um divórcio, e ela não foge à regra», considera a avó.

A Daniel Oliveira, a morena de Pombal admitiu que, na altura, não tinha ferramentas emocionais para lidar com a situação. «Nenhumas, tanto que evitei passar pelo divórcio. E foi uma grande injustiça que eu fiz com os meus irmãos, na altura, por não ter ferramentas, nunca quis aceitar e como tinha vindo há muito pouco tempo viver para Lisboa, foquei-me um bocado nisso e não queria ir lá acima e evitei saber da situação, então fiquei em Lisboa e os meus irmãos passaram por tudo sozinhos», contou, mostrando-
-se arrependida por não ter sido um apoio para os irmãos e para a mãe.

Apesar de, hoje em dia, já estar em paz com o passado, o tema continua a ser sensível para a atriz, que nunca falou com o pai sobre o que aconteceu. «Nunca houve uma conversa com o meu pai sobre isto, o meu pai nunca disse ‘vou separar-me da vossa mãe’, foi sempre a minha mãe, tanto que o meu pai depois foi embora e nós é que aguentámos um bocado com tudo, e a minha mãe sofreu muito.Eu acho que o facto de ver a minha mãe mesmo arrasada me estava a descontrolar muito e por isso é que eu evitei passar por essa situação», confessou.

A avó Rosinha, que garante não saber o que levou o casamento do filho e da nora à rutura, mas que entende que «quando uma separação acontece é porque as coisas não batem certo», recorda-se que a mágoa da neta era tal que, no primeiro Natal após a separação, Carolina, sabendo que não iria ter o pai, juntamente com o resto da família, à mesa, preferiu passar a noite da consoada só com a avó. «O pai não estava cá, estava lá para Cabo Verde, e a mãe e os irmãos foram para a Gandra passar com a irmã da mãe e ela não quis ir com a mãe e ficou aqui comigo. Ela estava muito magoada», diz.

Sozinha, aos 17 anos, em Lisboa

Faltava-lhe um ano para atingir a maioridade quando Carolina Loureiro decidiu deixar a sua vila e rumar a Lisboa para lutar pelo sonho de ser atriz. Uma decisão que na altura deixou a avó muito dececionada e com o coração nas mãos. «Foi a maior deceção que eu apanhei! Era uma dor constante, uma pessoa sem saber o que é que se ia passar com ela, era uma menina, que estava ali sem conhecer ninguém. Ela tinha lá uma tia irmã da mãe, mas só de vez em quando é que se chegava lá», conta Rosinha, que, apesar da relação de grande proximidade que tinha com a neta, optou por não dar qualquer opinião.

«Ela tinha o pai e a mãe, que nessa altura estavam juntos, e eles é que tinham de saber. Quando eles me disseram tive muita preocupação com isso, mas não podia fazer nada», explica. Mas se, na altura, estava contra a mudança da atriz, hoje reconhece: «Mas ainda bem que foi, teve um iniciozinho de vida bom. Ela aqui nunca passava disto, isto é muito pequenino, uma vilazinha, agora vamos lá ver o que se segue.»

Confrontada com as declarações da neta no Alta Definição, onde ela assumiu ter vivido momentos muito difíceis na capital, sem dinheiro até para comer, a avó paterna suspirou e soltou de imediato que «custa muito» saber que a jovem passou tão mal. E garante: «Eu não sabia dessa passagem dela. Quando ela agora disse que passava dias em que comia só umas bolachas e uma peçde fruta, fiquei assim um bocadinho…custou-me! Pensei: ‘Uma pessoa a pensar que ela estava bem e ela lá a passar sabe Deus o quê!’ Ela a nós dizia que estava sempre tudo bem.»

Uma mentira piedosa da parte da atriz, que não queria preocupar a família. E, olhando para trás, Rosinha percebe que foi melhor assim. «Se calhar ficava mais assustada ainda e assim já soube depois das coisas passarem… foi melhor!», diz. Fazendo saber que vê «todos os dia» a novela Nazaré, cuja protagonista é a neta, que veste a personagem com o mesmo nome da trama, Rosinha mostra-se orgulhosa do trabalho desenvolvido pela neta.

«Gosto muito de a ver, gosto de ver tudo o que ela faz, ela tem sido impecável, está a fazer um papel impressionante! Sinto muita satisfação e fico orgulhosa», diz. E nem mesmo as cenas em que a atriz apareceu em lingerie, deixando o País de boca aberta com as suas curvas bem torneadas, a dececionaram, apesar de preferir que não as tivesse feito. «Não gostava muito, mas ela é que tem de decidir a vida dela, se tinha de ir, foi mesmo e não perdeu nada com isso, pelo menos não lhe caiu nenhum bocado fora», remata.

Textos: Susana Meireles; Fotos: redes sociais e Arquivo Impala

 

(texto originalmente publicado na TV 7 Dias nº 1699)

 

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