Anon é o mais recente filme do realizador da Nova Zelândia, Andrew Nicoll (Gattaca, Sem Tempo), cujo argumento é também da sua autoria. O enredo gira em torno de Sal Friedman (Clive Owen), um agente da policia com a capacidade de receber instantaneamente uma infindável quantidade de informação sobres as pessoas ao seu redor.
O inovador sistema informático da policia funciona através de uma rede neural intitulada de The Ether, que é uma complexa base de dados com os registos detalhados da vida de todos.
Apesar de facilitar a vida às forças da lei, isto quer dizer que o anonimato deixa de existir e, consequentemente, quaisquer comportamentos criminais e ilícitos sejam praticamente impossíveis de esconder.
Anon mostra-nos como será o fim do anonimato
Porém, quando Sal investiga uma série de homicídios depara-se com uma mulher sem nome (Amanda Seyfried (Sem Tempo)), cujos dados são inexistentes. É a partir desta altura que percebe que The Ether foi corrompida e que há um hacker a modificar dados e a encobrir crimes. Aliás, está a transformar a perceção de Sal da própria realidade… como se lhe tivesse pirateado a sua mente.
Isso leva-o a embarcar numa odisseia para encontrar uma mulher que não existe e a deparar-se com uma conspiração de proporções tremendas, onde nada é o que parece ser. Principalmente, quando o que vê tanto pode ser real, bem como algo que foi simplesmente implatado no seu cérebro.
O perigo do avanço tecnológico e a questão da invasão de privacidade.
Anon é um filme que revela uma tecnologia não muito distante e que cada vez está mais integrada mais profundamente no seio da sociedade. A perspetiva aterradora faz-nos refletir a maneira como as nossas vidas estão cada vez mais controladas, sob apertada vigilância eletrónica. Anon levanta questões pertinentes sobre da perca de privacidade e de direitos humanos inalienáveis.