Ângelo Rodrigues surge de muletas no velório de Maria João Abreu

Ângelo Rodrigues, colega de trabalho e amigo de Maria João Abreu, recorda a atriz e relembra os tempos em que esteve internado, entre a vida e a morte.

15 Mai 2021 | 21:00
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Ângelo Rodrigues foi um dos atores presentes no velório de Maria João Abreu, esta tarde (15), em Lisboa. O ator que fez de filho da atriz em Golpe de Sorte, SIC, apareceu de muletas ao lado de Iva Domingues e José Carlos Pereira.

Ângelo Rodrigues foi submetido a uma nova cirurgia à perna na qual sofreu uma infeção grave, em meados do mês de abril e será por isso que está obrigado a usar muletas. Desta vez a cirurgia foi de reconstrução e ocorreu novamente no Hospital Garcia de Orta, em Almada.

De acordo com uma publicação semanal, a cirurgia, que teve como âmbito uma melhoria estética da perna, não terá corrido como pretendido, uma vez que o rosto da SIC terá sofrido “uma uma infeção pós-operatória grave” que o impediu de regressar aos seus compromissos profissionais. O intérprete, de 33 anos, integrava o elenco da peça “A Ratoeira”, tendo sido substituído por Daniel Cerca Santos.

Contactado pela TV Guia, Ângelo Rodrigues não quis abordar o assunto e remeteu mais esclarecimentos à agência responsável pela gestão da sua carreira artística.

Veja as imagens do último adeus a Maria João Abreu na galeria em cima e leia aqui como a atriz morreu em paz a ouvir a sua música preferida cantada pelo marido e pelo filho.

A homenagem de Ângelo Rodrigues a Maria João Abreu

publicou esta quinta-feira, dia 14 de maio, uma fotografia antiga ao lado de Maria João Abreu, que morreu vítima de rompimento de aneurismas. O ator, que também já correu risco de vida devido a uma infeção grave, foi ao baú para recordar a primeira vez que contracenou com a artista, na série juvenil “Morangos Com Açúcar”, em 2007. Na altura, Maria João Abreu interpretava ser a sua mãe no pequeno ecrã.

Ângelo Rodrigues: “Tocou-me profundamente”

“Quiseram as circunstâncias que ficasses no hospital onde estive, com as mesmas pessoas que me salvaram a vida. Naquela altura, fatídica para os que privaram de perto, foste a única pessoa do elenco que conseguiu driblar os seguranças e me visitou. Isso, confesso, tocou-me profundamente. “É para ir ver o seu filho?” – perguntou-te umas das enfermeiras. Não era segredo o que nos unia ultrapassava o mero exercício das nossas profissões”, começa por dizer.

“Quem pôde conhecer-te na tua real dimensão sabe que o virtuosismo era um pormenor. Portugal pode elogiar-te o talento, mas toda tu eras amor incondicional, inteiro e desmesurado. Isso está acima de qualquer ofício que possamos ter em vida.

Levarem-te pode parecer-nos a maior injustiça, porque nos custa reconhecer o carácter inexorável da morte, mas há algo que nunca desaparecerá – o teu maior legado, o dos afectos.

Viverás na memória de todos sempiternamente até ser, por fim, a nossa vez de partir. O maior Golpe de Sorte foi ter tido a honra de te conhecer. Obrigado, MJ”pode ler-se.

Texto: Ana Lúcia Sousa e Inês Borges; Fotos: DR
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