Ângelo Rodrigues revela desejo de adotar após conhecer criança na Amazónia

Ângelo Rodrigues revelou em entrevista na Casa Feliz, da SIC, o desejo de adotar uma criança, resultado da viagemm à Amazónia que fez em 2016 e que, agora, é contada em documentário na OPTO SIC.

25 Nov 2020 | 15:31
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Ângelo Rodrigues foi o convidado da “Casa Feliz” desta quarta-feira, 25 de novembro, e falou sobre o seu novo documentário, disponível a partir desta quarta-feira na plataforma streaming OPTO SIC. “Não há espelhos na Amazónia” retrata uma experiência, vivida em 2016, pelo ator e pelo cantor Paulo Vintém, numa viagem de uma semana à Amazónia.

“Fui com o Paulo [Vintém], que foi o único maluco que alinhou comigo”, contou o ator. Nesta experiência os dois puderam estar em contacto com a natureza e as tribos indígenas. “Trocámos experiências, comemos formigas, jogámos à bola descalços”, ouve-se no início da peça, contada por Paulo Vintém.

Ângelo revelou que o que o motivou a inciar esta viagem e experiência foi a necessidade de “despejar tudo”, “como se a alma trocasse de roupa”. “Procuro não ter as mordomias do primeiro mundo porque na floresta a vaidade morre solteira. Procuro ter um momento para mim, um momento de introspeção, que acho que é importante, como se nós iniciássemos um romance connosco próprios. Portanto, acho que é útil viajar, como se a alma trocasse de roupa”, explicou.

 

Ângelo revela desejo de adotar

Sobre a parte mais tranformadora desta experiência, Ângelo não tem dúvidas de que o contacto direto com os índios da Amazónia foi o mais marcante. “Com os indíos foi, de facto, a experiência mais transformadora que eu tive até hoje. Foi isso que me fez repensar a forma como eu olhava para a vida, olhava para o trabalho também”, confidenciou.

Durante a conversa com João Baião e Diana Chaves iam passando imagens do documentário e o destaque foi para uma conversa entre Ângelo e uma criança indígena. O ator perguntava à menina como esta se chamava, acabando por lhe dizer ele o seu nome. Ao perguntar se esta sabia dizer dizer nome dele, a menina pronunciou “anjo” em vez de Ângelo, algo que marcou o ator.

Veja as imagens dessa conversa na nosssa galeria!

“Quando vejo estas imagens fico emocionado. Acreditam que foi a primeira vez que eu fiquei, mesmo, com vontade de adotar alguém? Porque a ligação foi tão forte que, no final, os próprios pais da miúda, na brincadeira, perguntaram: “Você quer levar ela?” O coração fica nas mãos. E há qualquer coisa no olhar dos indíos, um mistério que acontece ali, uma espécie de transe. Quando estás a falar com eles parece que o mundo pára”, contou.

 

“O barco onde estávamos foi eletrocutado”

Natureza a dentro, os dois foram conhecendo uma variedade de espécies animais e chegaram a capturar uma anaconda e a ter de pescar para se alimentarem, e o pior ia acontecendo. “Nós pescávamos para comer. Pescámos um peixe elétrico, então quase que apanhámos mesmo um choque. Todo o barco onde estávamos foi eletrocutado, por causa do contacto com a água. Então começámos a perceber que cada animal tem o seu super poder. A sua forma de se proteger do mundo”, revelou.

Texto: Marisa Simões; Fotos: DR e Reprodução Instagram

 

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