Trauma para a vida! Angélica com arma apontada à cabeça: «Se corres, eu disparo»

O marido de Angélica faz revelações sobre os momentos dramático que a concorrente do Big Brother 2020 viveu na Venezuela e conta pormenores sobre a relação de ambos, que começou «à moda antiga».

23 Mai 2020 | 21:00
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Angélica Del Mar viveu um amor à primeira vista por um padeiro português que trabalhava na Venezuela. No primeiro dia em que o viu disse à mãe: «Vou casar-me com ele.» E casou-se. Nuno, o companheiro da concorrente do Big Brother 2020, esteve à conversa com a TV 7 Dias e abriu o coração sobre a sua atípica história de amor com a venezuelana.

«Eu sou português e fui para a Venezuela em 2012 para trabalhar. Para ser sincero, foi ela que reparou primeiro em mim, porque eu trabalhava numa padaria e as padarias de lá não são como as daqui. Vendem tudo, até medicamentos. São uma espécie de supermercados e há muita gente a entrar e a sair, eu não reparei nela», começa por contar o aveirense.

«As diferenças culturais fizeram-se notar desde logo. Porém, o amor sempre falou mais alto. «Eu trabalhava de segunda a segunda, víamo-nos uma vez por semana, ao domingo, e muito pouco tempo. Lá a privacidade não é como aqui, as culturas são diferentes. Não podíamos estar na rua porque era perigoso, mas também não entrávamos em casa uns dos outros porque há sempre desconfianças… Eu estive mais de três anos até entrar em casa dela. Estávamos juntos em frente à casa dela, no jardim. Era à moda antiga!», explica Nuno, que confidencia que não podia haver qualquer tipo de intimidade.

«Não podíamos fazer nada! Era aquilo e aquilo mesmo, ali à frente da casa dela. Ela vivia com os pais e dormir lá era completamente impensável. Nem sequer um beijo. Nem eu nem ela nos sentíamos à vontade para fazer isso perto dos pais dela», afiança.

Ainda que admita que foram tempos difíceis, Nuno sublinha que nunca pensou desistir daquele que era o seu grande amor. «Eu já tinha namorado cá em Portugal, não estava habituado, mas sabia que a Angélica tem muito bons princípios e não é uma pessoa que se atire na primeira noite, tive de ir conquistando. Aqui em Portugal vive-se tudo muito depressa e muitas vezes os relacionamentos terminam também muito depressa. Sempre senti que, mesmo daquela forma, era ela que eu queria.»

Angélica e Nuno namoraram mais de cinco anos assim e só quando vieram para Portugal é que souberam «o que era uma vida a dois e tiveram privacidade». Porém, antes de se casarem, em 2019, viveram um ano separados. «Eu vim primeiro, em 2019, porque ela estava a acabar o curso de Psicologia e só lhe faltava um ano. Três meses depois de ela vir para Portugal, casámo-nos», adianta, sem esconder o medo que sentiu por deixar a namorada na Venezuela.

«Ela já passou por muita coisa lá. Aquilo não é fácil. Dava um livro com as histórias que ela passou. Ela já foi imensas vezes assaltada, lá é o prato do dia. Uma vez, ela estava a ir para um restaurante com a mãe e veio uma mota, a maior parte dos assaltantes anda de mota, parou e a pessoa agarrou na Angélica, apontou-lhe uma arma à cabeça e disse-lhe ‘se corres, eu disparo’. Claro que isto tudo, com a mãe ao lado, não é nada fácil. E era recorrente, para mim foi muito complicado quando a deixei lá, estava sempre com o coração nas mãos», assegura Nuno, admitindo que, ainda hoje, a esposa sofre com o que viveu. «Tem traumas… foi tantas vezes assaltada que agora mal ouve uma mota fica desestabilizada. Ficou mesmo traumatizada.»

Embora os pais de Angélica aceitem o relacionamento da filha, não foi fácil vê-la sair «do ninho». «A Angélica é muito agarrada aos pais, especialmente à mãe. E quando eles souberam que ela vinha para Portugal ter comigo foi difícil. Não estiveram de acordo no início mas, hoje em dia, dou-me muito bem com eles. Gostam muito de mim. Desde que a filha esteja feliz, eles também estão», explica.

Foi Nuno quem incentivou Angélica a inscrever-se no programa da TVI. O aveirense garante que não tem qualquer receio. «Eu sempre insisti muito com ela. Não tenho medo nenhum que ela se apaixone lá dentro, confio muito nela. Eu sei que a televisão é para ela. Sempre esteve à vontade nesse meio», afirma.

Questionado sobre as notícias que dão conta que Angélica sofreu agressões violentas por parte de um ex-namorado, Nuno confirma, mas garante ser um exagero. «Eu sabia disso, aconteceu quando ela tinha 17 ou 18 anos. Foi realmente uma relação que não foi fácil, ele não foi bom para ela, mas é completamente mentira quando dizem que ela ficou com marcas por causa de agressões. Ela não tem marcas nenhumas, não foi aquele drama que pintaram», esclarece o marido de Angélica Del Mar.

 

O destino dos 50 mil euros

 

Angélica casou-se em Portugal, mas a cerimónia teve um sabor agridoce, já que não teve a família presente. «Ela está sozinha em Portugal, só me tem a mim e à minha família. Foi complicado porque a cultura venezuelana é muito ligada à família e a decisão de nos casarmos aqui em Portugal, sem a família dela, foi difícil. Eles queriam estar, mas por razões monetárias não foi possível», lamenta Nuno, que adianta: «Se ela ganhar os 50 mil euros já está decidido que vamos casar outra vez à Venezuela, com toda a família. E ela até disse que ia convidar o Cláudio e os outros concorrentes todos!»

 

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Texto: Maria Inês Gomes (ines.gomes@impala.pt); Fotografias: Divulgação TVI e reprodução redes sociais

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1731 da TV 7 Dias)

 

 

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