“Amar nunca fez mal a ninguém”: Isabela Cardinali apaixonou-se por uma mulher

Isabela Cardinali fala sobre a sua “história com a homossexualidade” quando, aos 15 anos, se apaixonou por uma mulher. “Nunca nos escondemos”.

01 Jul 2021 | 8:10
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Com o intuito de destacar o Dia do Orgulho LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero], assinalado a 28 de junho, Isabela Cardinali resolveu contar a sua “história com a homossexualidade” quando, aos 15 anos, se apaixonou por uma mulher.

“Sim, eu amo pessoas. E amar nunca fez mal a ninguém”, começa por dizer a ex-concorrente da “Casa dos Segredos 7”, TVI, antes de revelar algo que marcou a sua infância e adolescência.

“Desde cedo que perguntava à minha mãe porque é que o meu tio não tinha namorada aos 30 e poucos anos e ele aconselhou a minha mãe a dizer a verdade. Aos 3/4 anos quando me respondeu que o meu tio gostava de rapazes senti-me justificada, e só isso”, recorda Isabela que admite ter crescido com a normalidade do amor.

“Aos 13 anos, a minha melhor amiga disse ao mundo o quanto gostava da sua nova companheira. Quando me contou, entusiasmada, senti-me tão feliz por ela e orgulhosa por saber que em nenhum momento se sentiu menos capaz ou menos incentivada a mostrar esta parte que podia ser tão reservada pelo país e mentalidade dos demais”.

Isabela Cardinali: “Nunca nos escondemos”

Atualmente, Isabela Cardinali vive uma bonita história de amor ao lado de Pedro Moreira – que conheceu em 2018 no reality show da TVI – com quem resolveu casar o ano passado, mas viu o sonho adiado devido à pandemia. No entanto, a também digital influencer confessa que aos 15 anos se apaixonou “pela primeira e última vez”, por uma mulher.

“Contei aos meus pais assim que me apercebi, como se fossem os meus melhores amigos. Apoiaram-me e aconselharam-me exatamente da mesma forma como se me tivesse apaixonado por um homem. Até ao Pedro tinha sido o amor da minha vida”, confidencia.

“Nunca nos escondemos. Nunca deixamos de namorar em público. Nunca deixei de publicar o que fosse com ela e nunca tive de dar explicações a quem fosse acerca da minha relação. A liberdade com que fui criada normalizou a minha vida”, afirma orgulhosa, ao mesmo tempo que diz acreditar que a evolução estará sempre na educação que damos às nossas crianças.

“E se em 2002/2003 quando a minha mãe me contou que o meu tio preferido gostava de “meninos” a minha reação foi tão natural e ingénua, como é sempre numa criança, não acredito que em 2021 ainda haja adultos que não consigam perceber o que é amar”, conclui.

Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: Redes sociais

 

 

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