Yeniffer Campos, concorrente do “Big Brother”, entrou na casa mais vigiada do País e desde logo que a sonora gargalhada se fez ouvir. Janete, a mãe da participante do reality show da TVI, falou com a TV 7 Dias e garantiu que a filha “é sempre assim”.

Embora a boa disposição e a alegria sejam as características que melhor a definem, o que é certo é que a jovem de Oeiras tem um trauma do passado que ainda hoje lhe causa sofrimento. “A Yeniffer teve de deixar o atletismo e foi muito complicado para ela. Ela era muito boa, treinava há mais de dez anos, e do nada o sonho dela foi-se”, explica a mãe da concorrente do “Big Brother”, de 31 anos.

“Ela começou a ter dores muito fortes na costela. Andou em muitos médicos, fez vários tratamentos, fomos a vários especialistas de Desporto para ver o crescimento dela e todas aquelas dores. Nessa altura, ela começou a diminuir o rendimento por causa das dores e teve de desistir. Eram dores de crescimento, por causa da coluna. Fizeram vários exames e nunca se soube bem a causa. E acabou por deixar o atletismo. Foi uma fase muito difícil”, adianta Janete.

 

Yeniffer Campos e Patrícia Mamona com o mesmo treinador

 

Yeniffer Campos foi treinada pelos melhores e partilhou as pistas com Patrícia Mamona, de quem se tornou grande amiga. “A minha filha foi aluna do José Uva, o treinador da Patrícia Mamona. Elas são muito amigas e treinaram juntas durante muitos anos. Foi nessa altura em que treinavam juntas que a Yeni começou a ter dores, estava na adolescência, tinha 15/16 anos”, confidencia a mãe da bailarina do “Big Brother”.

“Depois desistiu e a Patrícia continuou até hoje, é uma grande atleta e a minha filha apoia-a muito. Sair do atletismo foi um sonho destruído, ela é muito competitiva e queria muito ser atleta. Tanto é que ela nem fala quase sobre isso, não gosta. Aquilo ficou muito marcado, ficou traumatizada e nunca ultrapassou isso”, lamenta.

A pandemia levou Yeniffer Campos a inscrever-se no “Big Brother”. A família, apesar de nervosa, está confiante com a sua prestação. “Estou com os nervos à flor da pele porque é a minha filha, mas estamos todos muito felizes porque só o facto de ela ter entrado foi estrondoso. Tantos candidatos e ela ter conseguido ficar nos 20, para nós foi uma alegria muito grande. Ela tinha trabalho, estava ativa, sempre foi uma menina muito ocupada, viajava muito e na pandemia tudo mudou. Ela ficou muito transtornada, passou mal, foi complicado, e foi por isso que se inscreveu”, afirma Janete, que confessa ter-se sentido mal na gala de estreia do programa.

“Eu não era para assistir à gala. Estava muito nervosa mesmo, senti-me mal. Só pensava que ia cair para o lado ali. Depois consegui manter a calma, mas foi muito stressante”, assegura a mãe da participante do “Big Brother”.

 

Concorrente do “Big Brother” afastada do pai

 

Além da família, Yeniffer Campos deixou cá fora o namorado, Rui, que foi o grande impulsionador da sua entrada no jogo. “Ele é mais velho e apoia-a muito. Quer que ela siga o seu sonho. Ele já viveu mais a vida e também quer que ela tenha as suas oportunidades. Não lhe corta as pernas em nada. Eles gostam muito um do outro. A Yeni quer muito ser mãe, mas diz que não é para já, só daqui a três anos. Ela tem a vida dela muito organizada”, diz, a rir.

Quem também está orgulhoso da entrada da instrutora de fitness na casa é o seu pai, que foi obrigado a emigrar para Israel em busca de novas oportunidades de trabalho. “O meu marido trabalha fora há algum tempo, em Telavive. Nós sofremos um bocadinho por tê-lo lá, mas vida de pobre é mesmo assim, temos de nos fazer à vida e trabalhar. As coisas aqui em Portugal não estavam boas, a empresa estava a fechar, não pagava e ele teve de emigrar. Ele esteve cá connosco durante um mês de férias. Custa-nos muito estar tão longe, mas somos todos uma família há trinta e tal anos, somos muito unidos. O pai vê-a no computador, mas está a gostar muito. Só quer que a filha se porte bem”, explica.

A instrutora de zumba concorreu ao “Big Brother” e as câmaras não são uma novidade para ela. Yeniffer Campos já marcou presença em vários programas de televisão e foi bailarina de Sérgio Rossi, Emanuel e Tony Carreira. Trabalhou também com João Baião e com Fernando Mendes, como assistente no programa da RTP1 “O Preço Certo”. “Ela é uma miúda de bem, de bons princípios, e toda a gente que trabalha com ela sabe disso”, garante Janete.

 

Texto: Maria Inês Gomes (ines.gomes@impala.pt); Fotos: reprodução redes sociais

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1801 da TV 7 Dias)